quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sentimento torre



Em vida encontrei muitos castelos,
Muitos penteados,
Natureza altiva - corações solitários,
Em torres na direção da luz,
Túneis ocos,
Sem remendo - buracos,
Janela e porta - entrada e saída... ambos,
Encruzilhada invisível - divisível / amálgama de sentimentos.

Ao sabor do vento - da luz energia,
Viés do ser - viés da vida,
Em vida - eu torre / janela,
Na direção ao nascente - leste estrela,
Sol de amor e ódio / em movimento - intensa intenção a brisa,
No tempo espaço recebo brilho e reflexo, minha amada lua.

Maneiras de amar / sabores de mares ao vento / em diversas direções,
Alma aprisionada em temperaturas - experiências coroando corações,
Sentimentos ambíguos em porções e expedições,
Ilumina a vida em reflexos das ilusões.

Muitos não assistem o nascer de um dia,
A quente sensação do sol é um bem.
Assistidos a penumbra do luar - aquecem desejos,
Não recebem o calor amor.

Com Sensual - dezembro.96

AAAhhh...,... como é bom, e gostoso, poder admirar uma garota bonita, linda, mesmo que desconhecida, a gente apreciando o belo. De longe com meus olhos fico investigando aquele corpo desfilando despretensiosamente pela calçada, e a vista correndo solta compondo uma harmoniosa música, sentindo um bouquet perfumado, colocando cores na arte de uma tela viva de bumbum arrebitado, peitinhos duros com seus bicos em direção ao céu...fazendo a gente lembrar e se alegrar de ter um pênis.

Os cabelos morenos e longos dançando livres pêlos ombros tão bem torneados seguindo a engenharia de suas pernas e coxas, arquitetando uma fome de não sei o que no meu estômago proporcionado pela pele também morena de um verão que expõe a vida de uma flôr.

A imaginação da gente começa a criar delírios para aberçar toda aquela escultura feminina, liberando o libido que corre feito sangue, acordando o pênis adormecido, fazendo explodir um extremo gozo de prazer.

AAAhhh...,... como e delicioso oferecer serviço ao nosso poder de criar e explodir em gozo a felicidade de apreciar uma imagem tão sublime.

Big Black

Localizado na Africa meridional, um homem negro pesando 120 kg., com 1,90 m., com o maior membro enfálico até então registrado. O pênis pesa aproximadamente 12 kg., em estado de dormencia, com o tamanho de um braço de um menino de 9 anos.

Este ser humano vive numa aldeia da tribo dos oriundis e ganha a vida como assistente social utilizando o próprio membro para escavações de valetas d’agua, com duas auxiliares para darem o apoio emocional, elas utilizam pequenas penas de aves da região para provocar a ferramenta de trabalho que fica protegida com uma “camisinha” confeccionada com couro de zebra.

A nossa reporter de campo entrevistou este especime raro que tem o nome de Rais te Vahl, que apesar da vantagem é virgem, as mulheres da região tem medo (com razão), encontrando até o momento para desafogo de sua solidão uma Aia (Elefante-femea), que ele carinhosamente apelidou de Pitchupi.

- Como que o senhor faz para passear com sua “bigorna”?

- Eu talvez seja o único que utiliza gravata com dois nós, amarrando nos dois pescoços.

- Com essa onda das mulheres estarem decepando as “pencas”, o que acha?

- Procuro me cuidar, estou utilizando um aro de metal na base do “Junior”, que meu tio fez com um latão que estava encostado no quintal.

- Consultei algumas afortunadas que tentaram aliviar a sua tensão e me falarão que a cabeça quando dura tem o tamanho de uma bola de futebol?

- Você não viu nada, uma delas se empolgou e conseguiu tirar o leite, mas na posição que tava a ejaculação subiu muito alto. Hoje comemora-se no dia 20 de fevereiro de todo o ano a chuva do leite aqui na aldeia.

INSÍPIDO: JAN.78 / 2007




1- QUE NÃO TEM GOSTO; DESTITUÍDO DE QUALQUER SABOR OU QUE O TEM INSUFICIENTEMENTE.

2- DESPROVIDO DE INTERESSE, DE ATRATIVOS, SEM GRAÇA, MONÓTONO.

Dias de circunstância vida, quântico desdobramento de espaço, na veloz e colorida luz.

Não satisfaz alegria desconhecer a tristeza, Na sombra de árvore sem folhas, sem frutos, como acalentar sementes do pensamento, ronda instigaste destino de curiosidade coletiva.

A sombra de galhos e troncos converte realidade em pó de traças, rasgo negro, traço cinza, sem perfume, sem flor.


Neste contexto, com liberdade e amor sentimento incondicional, desenvolve uma personalidade verde viver.

A verdade do mundo escrita no silêncio dos imundos, tratando de ser, o ser que bordeja insípida maneira de sinalizar o que é vida sem aventura.

Viver com liberdade e viver com a emoção, coração pulsa energia, livre da ignorância, que acerca a ilusão em prender o gênio em gaiola de estupidez, retarda a evolução, em seco progresso de um cadáver a balançar dependurado no arído cenário.

Duplo Rapto - janeiro.95

Sinopse

Tiago, investigador da policia federal brasileira, aposentado, convive com duas jovens em pacifico triangulo amoroso. Residem em cidade litoranea. Erica, americana, arquiteta filha do embaixador adido no Brasil, sua colega e amante Angeline, maestra, oriunda de colônia francesa na África, conheceram-se nos estudos em faculdade londrina. Engravidam simultaneamente do Tiago. Feliz comunhão, até o momento do parto.

No Hospital, chefiado por organizada equipe atuante no trafico de bebês, provoca acidentes, levando quase a morte os protagonistas, desaparecem com os bebês já encomendados por casais na Itália e Canadá.

Tiago, após recuperar-se, desbarata quadrilha que eliminou seu ex-parceiro que havia iniciado investigação e segue para as pistas no resgate de seus filhos.

O NASCIMENTO DE UM MIRAGE



Daniel, rapaz sonhador que vivia em pensamentos de voo imaginário sobre o pais da realidade, sonhava ser músico, como tantos aos dezoito anos enxergava em Jimi Hendrix e sua guitarra a sua maneira de ser, imitando em gestos tresloucados na sua guitarra imaginária um solo musical da vida.

A aventura acontece em uma visita que semanalmente fazia na casa de um amigo cientista, tão louco de ideias quanto, os dois se entendiam na troca de experiências que faziam da vida, o amigo cientista vivia nos fundos de uma casa, num quarto repleto de prateleiras cobertas com frascos cheios de conservas de ratos, cobras, sapos e lagartos que colecionava nos seus estudos científicos, tendo espaço para um gradil repleto de ratos brancos que criava e tira seu sustento na venda para laboratórios, seu nome era John, filho de um americano erradicado no Brasil.

Era uma tarde quente quando Daniel chegou encontrando o amigo festejando sozinho a descoberta de um novo combustível, a espiritualidade de Daniel de participar da festa achou que era uma bebida em que ele misturou com uma Coca-cola que trazia na mão, seguiu-se uma explosão que fez os ratos escaparem da jaula espalhando-se pelo quintal, os dois desmaiaram pôr minutos até que no meio da fumaça os dois saíram do quarto tossindo as tripas.

Já fora da fumaceira, levaram um susto, cada um se estranhava, passaram pôr mudanças que aumentaram seus corpos, os cabelos mais compridos, a pele repuxada de quem toma acido lisérgico todo dia.

Com o barulho apareceu Dna. Margareth, mãe de Jonh, que assustada entrou em pânico quando viu aqueles dois sujeitos a sua frente, muito tempo se levou para tentar explicar o ocorrido, nos dias seguintes foram a diversos médicos para fazer exames e testes de laboratório para tentar descobrir as causas e conseqüências das alterações proporcionadas ao corpo.

Daniel deveria estar pensando na sua vontade de ser guitarrista quando ocorreu a explosão, pois não pensava em outra assunto, arrumou dividas para conseguir uma guitarra que até então só avistava em fotos e na TV, montou a aparelhagem em casa e tocava diversos ritmos como um mestre sem nunca ter cursado nenhuma aula de música, fez a cabeça de seu novo amigo Jonh, ainda assustado com tudo, promovendo-o a baterista do seu conjunto musical, mais susto pela frente para quem gostava de alquimia no momento que sentou na bateria começou a dar um solo de arrepiar. Seguiram-se os dias e Daniel foi conquistando outros amigos para a tão sonhada banda musical.

Joca era o terceiro componente, tocava teclados numa boate clandestina, alto de cabelos loiros escorridos até os ombros moldava um rosto ovalado que se abria em sorriso diante de um piano, Mara uma garota ruiva e baixinha tinha terminado suas aulas de canto e tinha conhecimento de instrumentos de corda. Todos estavam reunidos na garagem do pai de Joca para os primeiros ensaios, foram meses de preparação, elaboração de músicas , e criação de ideias para adquirir todos os equipamentos para a primeira apresentação que sonhavam em fazer . O nome do conjunto de comum acordo foi batizado como Mirage.

O barulho que provocavam nos ensaios atiçou a curiosidade dos vizinhos que a cada semana foi lotando os espaços da garagem, do quintal, da rua, até chegar aos ouvidos de um empresário que se dispôs a ajuda-los a conquistarem convites de shows.

Dois anos após a explosão, o Mirage já era um sucesso de público e critica, discos de ouro pendurados nas paredes do escritório, o grupo vivia uma fantasia que terminou em uma tornée pêlos Estados Unidos. Numa noite chuvosa entre relâmpagos a dupla da explosão voltou ao seu estado orgânico de origem e com a mesma memória, não sabiam o que havia ocorrido assustados em volta daqueles equipamentos eletrônicos, seus companheiros alheios a ocorrência ficaram perplexos ao se avistarem, Daniel e John não sabiam nem pegar nos instrumentos. O efeito de uma Coca-cola havia terminado.

Mascara de Plástico - novembro.75

Inverno, o aeroporto fica mais frio, gelado, a noite fica sem estrelas, eu esperava meus avós chegarem da Europa vestido como um mecânico que acabara de sair debaixo de um carro que vazava óleo do motor e para completar a aparência encontrava-me sentado no chão do hall de espera lendo, O exorcista, na época em lançamento no Brasil.

Assim fiquei pôr mais de um par de horas, e o vento frio me crispando, fui até o banheiro e de lá segui para o bar com uma fila enorme para pagar o ticket do café, resmungando a espera do ticket surge uma mulher na minha frente abrindo a carteira na procura de um trocado demonstrava pressa e ansiedade, sendo eu o cliente da vez me ofereci para pagar-lhe um café, a aparentemente senhora espichou o olho de cima a baixo daquela figura a sua frente aceitando a oferta que estendi para uma mesa próxima, confortavelmente instalada iniciei uma prosa apreciando a situação e o corpo daquela mulher.

Com o nome de Suzana, uma morena alta de olhos castanhos e amendoados, só não me agradava a pintura no rosto que não combinava com a beleza do corpo e do vestido, a maquiagem parecia uma mascara escondendo um lindo rosto de mulher. Após o café trocamos os telefones e cada qual seguiu seu destino.

Segui correndo para o portão de desembarque já avistando meus avós, troca de beijos e abraços lá fui eu com um monte de malas para o estacionamento embaixo de uma chuva de raios e lagrimas das saudades familiares, nosso caminho agoura era pra casa onde uma recepção aguardava com boas-vindas.

Passaram semanas quando minha mãe colocando uma de minhas calças pra lavar, tirou o papel com o número de um telefone, era o da Suzana, mais tarde pedi para uma amiga ligar e descobrir o endereço que guardei na minha carteira. Dias depois me encontrava livre dos compromissos de trabalho e resolvi dar uma passada na residência da Suzana sem aviso prévio, era uma 6ªfeira já tarde da noite quando cheguei em sua casa depois de atravessar toda a cidade, ela morava num prédio de 12 andares de apartamentos requintados com um grande jardim que criava um cenário de bosque com arvores altas ao redor do prédio que se localizava no centro do terreno, na portaria toda informatizada, me identifiquei diante de uma caixa preta onde corria ponto de luz para todos os lados, um pesado portão se abriu pelo qual me encaminhei até chegar no apartamento de cobertura e tocando a sineta três vezes a porta se abriu.

- Oi, eu sou o mecânico do aeroporto, surpresa...

- sim, lembranças são saudades, entre...

Entrei num sonho mágico, de extremo bom gosto e aconchegante a decoração criava uma moldura em volta daquela mulher acompanhada com uma musica suave que saia das paredes.

- Pensei que a gente não ia se ver mais gostei muito de sua conversa, quer uma bebida?

- Estou atrapalhando alguma coisa...

- Não, você me faz bem...

- Então eu aceito um vermouth.

Enquanto eu me sentava num sofá que mais parecia um pompom de estufado, ela preparava as bebidas.

- Você quer gelo...E você esta bem diferente da ultima vez que a gente se viu.

- Quero sim... A última vez foi a primeira, mas o que um banho e uma roupa cheirosa não faz com.

A gente, o que eu sei e que a primeira impressão é que marca a nossa lembrança, o que me recordo e do seu perfume, do seu jeito de falar, do seu corpo, deixa ver o que mais...

- Tá aqui seu vermouth.

No que ela foi me entregar o cálice, segui-se o ato de sentar naquele sofá que parecia uma cama d’água de tanto que pulava, conseqüentemente a gente se enroscou e as bebidas foram servidas pôr todo os nossos corpos e roupas.

- Você quer fumar...

- Agora não, gostei do seu cálice o vermouth fica bem melhor assim, saúde...

Seguindo-se um longo beijo de descobertas, esquentando o ambiente.

- Você mora sozinha...

- Sim, porque...

- Me deixa entrar assim, sem me conhecer direito.

- Acho que te conheço há muito tempo.

E outro beijo ardente se seguiu, com carinhos de ambas as partes que descobriam todos os segredos que se escondem pôr baixo das vestes. A noite transcorreu de forma rápida e alucinante, cheia de amor pôr todos os cantos do apartamento, começou na sala, fomos para a cozinha depois para o quarto, eu descobria todos os seus cantos e encantos enquanto eu depositava todo o sentimento que estava sentindo pôr ela, até alcançarmos a hidromassagem instalada no banheiro para refrescar-nos já se fazia uma manhã que o local oferecia com um agradável perfume das flores e plantas e canto dos pássaros alegrando o dia que amanhecia com finos raios de sol.

Toda aquela harmonia fazendo um bem no corpo a na alma, estávamos agoura na cozinha preparando um café.

- Julio, você tem namorada...

- Tenho...Ela e muito linda, compreensiva e gostosa...

- E o que você veio fazer aqui...

- Ora, vim me encontrar com ela, convida-la para um passeio, você gosta de camping...
- Você é danado, ta bom eu topo, pra onde vamos...

- Eu estou a fim de uma praia solitária, cheia de coqueiros, eu estou com o carro estacionado na calçada já com os apetrechos, e com três dias de folga pra gente curtir.

Depois do café, ajeitamos a roupa e seguimos para o litoral norte de São Paulo, para uma cidade chamada Ubatuba, seguiram-se dias de intenso amor, de paz, tranqüilidade e tudo estava a nosso favor o sol, o clima, tudo maravilhoso como dita as regras da paixão.

Voltamos a cidade já se fazia noite, aqueles dias se faziam lembranças na minha mente que não parava de pensar naquela amante inesperada, desta vez parei o carro na garagem de seu apartamento e fomos andando para um restaurante próximo. Durante o jantar.

- Julio, não sei direito o que você pensa de mim, mas você esta me deixando marcas na minha vida que não esquecerei, nunca tive uma experiência como esta foi tudo muito maravilhoso...

- Do jeito que você fala parece que nunca vou te ver mais...

- Acho que sim, você volta para o seu dia-dia, para o seu trabalho, para o seu destino... E eu...

Ela me entregou uma carta postada da suíça onde tinha nomes com seu sobrenome, julguei ser parentes que ela me confirmou sendo seus pais. No texto pedia para ela voltar definitivamente para os pais a fim de assumir os compromissos empresariais que os seus pais administravam. Olhei para ela e nossas lágrimas começaram a escorrer, sem saber direito o que estava acontecendo eu percebia que estava perdendo um sonho uma paixão.

- E você vai embarcar quando...

- Daqui a dois dias, precisa acertar algumas pendências, mas a passagem já esta marcada...

Partimos para o seu apartamento sem muitas palavras, e passamos a noite como uma despedida, cheia de amor e ternura. No dia do embarque fui leva-la até o aeroporto, o mesmo em que a gente se encontrou, num longo beijo nos despedimos e seguimos nossas vidas.

- Adeus, amor...

- Escreva-me...

PORQUE NÃO BEBER E FUMAR - ABR.76



Tenho que explodir deste ex-maravilhoso mundo, um passado de paraíso duvidoso, porque não beber e fumar.

Afinal bebemos água poluída, respiramos carbono puro, comido ingerida com inseticida e mais alguma coisa que certamente fará mal ao corpo da gente. A saúde corrompida pela vida social.

Porque não beber e fumar?

Serve para qualquer raça ou credo, médicos sem honra de enfrentar seus próprios vícios.

Ontem o certo era dito pelas ovelhas brancas, hoje estão pretas de sujeira e corrupção sem a dignidade de fazer um mundo melhor.

DOIS AMORES - NOV.75




(ELE) - ... Não te amo, você disse!, como... como... Você pode dizer uma coisa dessas para mim, meu doce de coco, não podemos acabar assim esse romance, você não pode fazer isso,... Vamos, diga que não e verdade diga, não depois de tanto tempo de amor, este amor que existe entre nós... Lembra daqueles domingos de chuva... Huuumm... Amor que loucura que fazíamos juntos, juntos, juntos, você dizia assim

- ...Hãaa benzinho... aperta aqui meus peitinhos, meus biquinhos que estou delirando... e eu seguia suas instruções apertava, na ordem de minha capitã, tanto que ficavam vermelhinhos que nem pimentões... Mas você não quer saber de nada mesmo?

Pausa

(ELE) - ...Sabe o que é amor, essa tua tristeza tá se tornando um tumor que gruda no seu coração, suga meu sangue, não sou poeta?... Vamos, venha... Chega mais perto, me aperte fico doido pôr você meu anjo.

(ELA) - ... E eu amor, você quando me abraça me deixa nas nuvens, seus beijos, seus carinhos doces e suaves...Dá-me mais um. Huuummm...Macio...S-U-B-L-I-M-E, gostosura, isso amor escorrega a mão o gostosinho esta em baixo da coberta...Amor...Tenho que lhe dizer uma coisa muito importante...Esta noite...Esta noite será a última... Que espanto e esse... Esse casamento prometido há dez anos... E até agora só está gorando...Sim...Sim... Tire devagarzinho a calcinha enroscou... Minha reputação esta em jogo, sem esse casamento estou sendo uma puta de primeira linha.

(ELE) - Amor...Huuummm...Abra as perninhas...Abre...Isso assim...Vou colocar todinho...Huuum...Huuummm...Ai (suspiro)...
Pausa

(ELA) - Já gozou?...
(ELE) - sim...Minha flor...
(ELA) - e agora?
(ELE) - ...Há vá a merda.

SANGUE DE IRMANDADE - MAR.75



A estória e polêmica e eu pergunto. - Você se casaria com sua irmã?... pergunta boba, certamente que não.

Vivia o ano de 1955, eu com 14 e minha irmã com 15 anos de idade. Numa escura noite de outono ela havia chegado tarde em casa e estava nervosa, com seu tempestivo gênio explodindo pôr todos os cantos da casa até o momento de se jogar na cama.

Na casa onde vivíamos havia somente um quarto disponível para nós, que dividíamos a decoração numa mistura feminina de gosto e de um garoto escolar, as camas eram separadas pôr um criado-mudo que vivia entupido de bugiganga.

Taira desfazia a cama com sua fúria que estremecia o pinho se virando de um lado para outro, resmungando palavras desconexas num soluço intermitente. Eu, encostado na cama ao lado, lendo um livro de aventuras do Tarzan parei a leitura a fim de verificar o ocorrido com perguntas.

- há... Não enche tá...

- qualé mana, não quer desabafar?

-... Não sei, ninguém me entende, do jeito que vai as coisas vou entrar numa piração...

Eu quieto no meu lugar fitava-a a fim de descobrir a causa do seu aborrecimento, enquanto ela se ajeitava na cama, entre soluços desabafava...

- sabe duma coisa Julio, não é fácil achar um sujeito que você pode se ligar, dar tudo de si, ter uma participação mútua, as pessoas só querem o que e do seu interesse, e depois que conseguem seu intento começam a avacalhar tudo até chegar no ponto da saturação...

-brigou com seu namorado... , perguntei-lhe.

E sem responder virou-se para o lado contrário ao meu e voltou a chorar. Levantei-me e fui sentar ao seu lado acariciando seus cabelos finos, longos e negros como o destino, tudo o que se via naquela menina de outrora era arrependimento e solidão.

Dei-lhe um beijo na testa, como prova de respeito de um amigo que com partilhava de sua dor.

1961, seis anos se passaram deste episódio, ela nunca teve interesse pôr outro rapaz e a cada dia que se passava ela se fechava mais e mais na sua jaula natural do coração, transformando-se numa mulher linda e fria como gelo. Nossa relação no dia-dia nada tinha a ver em comum na vida de irmão para irmão... O tempo corria e uma mistura de sentimentos aflorava em nossos corações.

Desde os meus tempos de criança, acho que fui um recalcado, fechado num castelo de insegurança vivendo num mundo de preconceitos e irracionalidade, nunca me aproximei de alguma garota, dedicando minha atenção para compreender um mundo revoltado, inóspito e sem amor, sonhando com meu paraíso.

Domingo, uma tempestade de raios e ventos fazia o mês de Novembro inesquecível com as torrentes de águas e relâmpagos rasgando o escuro céu com rasgo de ira em retumbantes trovões num sem fim da tarde. Estávamos deitados e acobertados em nossas respectivas camas no silêncio da leitura, até que certos momentos olhos cansados colocaram o livro na cabeceira do criado-mudo sempre cheio de bugiganga, virei para o lado da Taira com o pensamento absorto, olhando e admirando aquela figura virando as páginas sem pressa, minhas ideias circulando pelo cérebro apontavam aquele ser como o único que entendia minha revolta.

Em silêncio me levantei e fui até sua cama me aconchegar no seu calor, encostando minhas pernas nas suas coxas comecei a alisar um aconchego de carinho. Espantada com meu jeito atrevido que acariciava seus cabelos, largou o livro no chão e começou e me olhar.

- qualé a sua...

- Taira, vamos conversar...

- sobre o que...

- vamos falar de nós, nossa vida, nosso sentimento...Todo esse tempo junto como irmão...

Sei lá...Como você esta?

- eu hein, que papo de aranha mais besta.

- Tô sentindo um corpo quente em baixo do cobertor, e pensar que saímos do mesmo ventre, esse tempo todo que passamos juntos, e eu com outros sentimentos de você que não é irmão... Será que você me entende.

Meu coração explodia de emoção, fitava aqueles olhos azuis espantados com ternura, da boca dela tremula somente ouvia o silêncio, foi uma longa pausa... Até que um beijo desfez nosso medo.

- Julio... Acho que sei o que está me tentando dizer, eu...

E vem um longo período de vacilo que chocava nossos olhos úmidos de lágrimas, e mais um beijo louco de amantes desenfreados acompanhou um abraço forte e carinhoso aproximando nossa paixão reprimida num castelo de sangue, de certos e errados, de loucuras.

Já fazia noite e a chuva castigando o vidro da janela e no quarto em penumbra de raios e trovões, entregávamos ao prazer desenfreado sem medir conseqüências, sem responsabilidade da vida. Dormi agarrado ao seu aconchego, ouvindo ela dizer:

- Não conseguia te dizer o que eu sentia pôr você, minha coragem se despedaçava com receio da sua zombaria, e seu riso mataria minha alma...

Meses e meses se passaram com este conceito de vida se fortalecendo num amor sincero, nossos pais não sabiam o que acontecia até porque viverem pôr imposição do trabalho a maior parte do tempo viagens intermináveis e pouco contato e conversavam com a gente. E a vida florescia em nossos corações alterando nosso comportamento, com partilhando juntos o mesmo mundo que agoura admirávamos de outra maneira, em nosso castelo de sangue e segredos.

Nossos pais acertaram um período de férias programado para que todos passássemos juntos em viagem até o litoral, os dias que se passaram foram estranhos no relacionamento familiar, até que no último dia do passeio encontravam-nos reunidos na sala jogando um passatempo, eu e a Taira procurávamos uma forma de comunicar a eles o que estava acontecendo.

- Puxa, pai nunca tivemos essa união de família, e tão gostoso ver o senhor conversando e brincando com a gente, a mãe contando suas piadas, a Taira e eu gostaríamos que o resto da vida continuasse na forma que estamos unidos e felizes.

- Nós também filho, o dia-dia, os compromissos fazem a gente correr de um lado para outro e nem se damos conta dos filhos já crescidos. Eu e sua mãe estamos arrependidas de não podermos acompanhar vocês, estarmos mais próximos, mas graças a Deus eu os vejo se entendendo tão bem e felizes.

Eu ficava nervoso para iniciar a conversa, fazia perguntas sobre relacionamento, casamento, sexo, e outras abobrinhas que passava na cabeça, a Taira ouvia quieta de olho pregado no jogo, até que me enchi de coragem, respirei fundo...

- Sabe pai, eu e a Taira nos adoramos muito, muito mesmo, mais do que irmão...

- Isso eu tenho visto com muito orgulho filho...

- he, pai, pra falar a verdade à gente se ama...

Acabou o passatempo, a Taira joga as cartas na mesa e vem me dar um abraço seguido de um beijo no rosto frente aos olhos admirados de nossos pais pasmados com a revelação. Nosso pai se levantou e foi se servir de uma bebida forte no bar da sala, nossa mãe estava paralisada e branca com o susto, com o copo cheio de licor nosso pai volta-se a se sentar na cadeira.

- Filho, vou contar uma coisa a vocês que eu deveria ter falado há muito tempo atrás, depois que você nasceu sua mãe teve um problema orgânico que impedia de termos mais um filho, e a vontade de formarmos um casal foi tanta que adotamos a Taira de uma mulher que nos procurou em casa e colocou o bebê nos braços de sua mãe e sumiu sem paradeiro, naquela época tínhamos poucos recursos, eu vivia apostando em loterias e numa semana de sorte consegui arrumar o dinheiro para que sua mãe fosse operada, mas oferecia perigo de gravidez, então comprei a casa em que moramos com o dinheiro que restou, registrei a Taira como filho legitimo e mantivemos segredo do assunto para toda a sociedade.

Às lágrimas convertiam dos olhos de Taira enquanto ouvia agora meu pai falar, logo após a declaração estávamos todos abraçados e chorando. Na manhã seguinte enquanto tomávamos o café, construíamos uma forma de realizar o casamento, numa cidade do interior onde ninguém conhecia a nossa história.

DOMINGO - MAR.76



Domingo que se consagrou no descanso do corpo, a quebra da rotina e ao mesmo tempo no destino de todos nós. Se nesse dia não louvamos Deus, que pelo menos não o despreze.

O padre no altar fala, fala, procura exprimir em palavras, uma porção de palavras que entram no cérebro da gente. - que responde:

- será que não termina...pô...tô de saco cheio.

Não e que eu tenha amor a sua vida, se ela e sua cuide bem, bom natal e prospero ano novo, mas ao sair da igreja comporte-se no desfile de luxuria que ressoa a frescura, contrapondo com o ronco dos motores:

- ôôôô bicho... Olha só o som do meu carango.

E dada à bandeirada do grand prix de domingo, o sinal entrou no verde, e lá vai para o caixão menos um motorista, um trabalhador, um corno, quando não dois pedestres. Os domingo fascinante muitos estão pensando no fantástico slogan dos jornais de segunda-feira;

- time de fulano perde a invencibilidade, morrem tantos em tanta colisão, acabam em...

Tudo acontece num domingo descoberto ao descanso, meditação a simples e humilde mediocridade.

SEXO NA AVENIDA PAULISTA



Dia de batente. Diógenes acorda em manhã fria e cinzenta garoa, sente o hálito do café requentado e cálido de Ana sua recém conquista.

- Bom dia meu amor, já coloquei o café na mesa, vem tomar antes que esfrie!

Foram necessários trinta minutos entre o despertar e a higiene pessoal até chegar a mesa, precisa requentar o café. Ana se encontra a mesa finalizando a ceia matinal na sua última torrada com geleia. Diógenes rouco diz:

- Amore, estou preocupado com nossas contas para pagar e faz trinta dias que não a encontro acordada, estamos trabalhando muito e sem expectativa de conseguir todo o dinheiro necessário!

- A vida não está fácil e sem considerar que além da quantidade de contas, elas aumentam o valor mês a mês, o serviço também aumenta e o salário não. O que tem aumentado é o stress, este mês minha menstruação durou cinco dias.

- Ana, ontem estive lendo a revista Playboy...

- Sei, deu tesão né, hoje podemos tentar uma rapidinha!

- Não, sim, bem, eles lançaram um concurso de conto erótico apresentado em vídeo, o prêmio é muito bom em grana mais duas passagens de ida e volta para o pais que escolher na Europa.

- O que você está matutando nessa cabecinha?

- Bom, pouco se divertimos estes últimos tempos, eu ainda tenho alguns desejos eróticos e poderíamos protagoniza-la, falei com o José Carlos que tem uma filmadora, ele topa gravar a brincadeira.

- O José Carlos, aquele seu colega no escritório que é careca e asmático?

- O próprio, o prazo de entrega da fita é até o final deste mês, podemos aproveitar o próximo final de semana, que você acha? E topa?

- Maluco que te conheço, e bem capaz que eu não aceitando você arruma uma putinha na esquina, qual é o seu desejo erótico?

- Sê te contar perde a graça, vamos fazer assim, eu armo o esquema, a gente programa um encontro na esquina da Brigadeiro com avenida Paulista, de maneira que a gente esteja se conhecendo pela primeira vez, acho que podemos obter mais veracidade e surpresa na gravação!

- Tenho que me preparar, cabelo, roupa, alguma coisa em especial?

- Não minha querida, esteja de maneira que está saindo do serviço e vai para um happy hour, bem natural e simples você é muito linda, não precisa de enfeites.

- Então você ta marcando encontro comigo, está bem a que horas você me pega?

- Sexta-feira às 19h00 está bom, vamos beber e jantar no restaurante que está ao lado do super mercado próximo a esquina, tem umas janelas grandes e é bem iluminado, já pensei em tudo.

- Imagino que até o que vou degustar também!

- Com certeza, quero te oferecer uma noite inesquecível e nos divertimos.

Dias e horas passaram muito rápido, a ideia do Diógenes era simples para um vídeo amador. O José Carlos reside em pequeno apartamento no prédio em frente ao restaurante e da janela poderia gravar todo o roteiro e cenas do filme que embalava os pensamentos do Diógenes.

Sexta-feira prometia uma noite enluarada pela lua cheia, Diógenes dirige automóvel da década passada ouvindo o noticiário confirmando a previsão do tempo, não haveria chuvas nesse final de semana...

VERMELHA



A vergonha tem a cor estampada em rostos humanos, faces rubras que avistam formosa ave ao entardecer naquelas terras estranhas aos elementos, ave em tons avermelhados, reflexo dos calorentos raios que o sol irradia em culpas e preenche em perdão.

O horizonte está chorando a despedida de mais um dia que a humanidade perde em oportunidades no aprendizado da vida.

No seu vôo solitário e manso planando a representação das ilusões e desilusões da vida em milhares de faces com o símbolo da vergonha de não encontrar a felicidade naquela terra feita de vermelho sangue.

VENDE-SE.




Chegou o dia 15 do mês e junto as contas de luz, água, telefone, IPTU, escola dos meninos, prestações da casa, do carro, da televisão, a geladeira e tem os empréstimos!

A vida é uma roda vida feita de trinta em trinta dias no formato dividas em bola de neve a descer montanha abaixo. Sendo dividas uma coisa ruim é problema, vamos hipotecar soluções hipotéticas.

Considerando o país Brasil, na média de um terreno de oito milhões de metros quadrados com cento e oitenta milhões de cidadãos, dividindo dá uma porção de 0,04 de quilômetros para cada habitante, retirando o ativo da invasão colonizadora e o passivo hereditário, benfeitoria da natureza, os barranco são apenas elementos paisagísticos.

Vou publicar anúncio nos classificados do jornal no próximo domingo e aceitar a melhor oferta:

"VENDE-SE TERRENO"

Excelente localização, face leste com vista panorâmica do oceano atlântico, face oeste exuberante floresta tropical com muitos rios e animais silvestre, ao norte muito sol, ao sul periódicas frentes frias.

Aceito a melhor oferta, preferencialmente a estrangeiros, priorizamos o pagamento em moedas de ouro. Não aceitaremos opções de papel-moeda, permuta em espelhinhos e colares está fora de cogitação.

Fone para contato: 55 11 2421 4967 falar com Cacique, maiores informações com atendente índio.

segunda-feira, 30 de março de 2009

ADUBAR - FEV.94



Fertilizante pequeno município longe de tudo e de todos, próximo a nada, encontramos o Dr. Ariberto, reconhecido e único advogado das causas comunitárias em plena campanha eleitoral, e candidato a vereador, estando sorridente no coquetel promovido pelo partido à sociedade local, nosso repórter Anibalesco entrevista:

- Seo Ari, tamos aqui no vivo e no frio em “redi nacionar” com tudo di emissoras de rádio da região. A Turma quer saber, principalmente seu rival, o qui o sinhô tem nos informa sobre os fundos de tão milionária campanha!

- Bão, hum-hum, como ocê devi de sabe, também sou empresário com muitos amigos correligionários aguentano minha campanha. A Famiá também conta né... é ela por demais de muita gente com voto. Desta vez tô eleito, demoremo uns vinte ano.

A estória começou com vovô que teve 8 filhas e 4 meninos, sabe como é, dos doze, fumo pra 120, sem contar desafortunados a famia foi crescendo.

- Seo Ari, o povo qué sabe dos fundos?

- Ora, os fundos é de capitar escambado e partezinha substanciar vem da fabriqueta, lá do quintar de casa.

- Seo Ari, tomamos conta desti coquité com muita rapadura, pé de molequi, groseia pras crianças, fartura de pipoca pras moças, só de mio cozido o sinhô arrematou toda a roça da cidade... tem tanto escambo assim é, conta tudo pra rádio Araponga...

- Eita reporti curioso sô... oia, sou empresário do adubo, nóis em casa temos muita produção, começemo assim, eu, muié, filhotes, até meus caozinhos, só o doguinho sozinho produzia vinte e cinco porcento da produção a cada méis. Fumos os maiores contribuintes de impostos e receitas prós laboratórios da capitar de tanto comprar laxantes...

- Cumá

- Falando portugueis craro, começemo com 100 quilos de bosta/méis, hoje com a união da famia tamos distribuindo mais de tonelada.

- O sinhô ta escambando coco, bosta, merda por votos?

- Sê pergunto dos meus fundos! – Trabaiemo de modo sério, já registrei monte de marcas, ta tudo patenteado e com selo do IMPI.

- Caspite!

- Nada não sô, é marquetingue, temos COCO IN NATURA - pra lavar barba di bodi, temos REBOSTEIO – pra tirar cavalgadura, em lançamento o PREBOSTE – pra uso gerar, são fezes cintifícamente silecionadas, a dedo e chero, to pensando em ixportação, tô sendo exemplio ao nosso ministro da economia, sim senhor. I já mandei vir duas carretas de biterraba lá dus Campos, arrigimentei famia di minha sogrinha querida e vão todos almoçar e janta só biterraba com cibola, recebi encomenda do nosso presidente pra uma tar de Cobar. Foi um istudo e pisquisa danado pra acertar a consistência e cor du jeito que o Mané qué.

- São duzentas pratas.

- Num entindi?

- São duzentas pratas pelo merchandisingui, tá em redi nacionar. Qui chero e essi?

- Fica com o troco, sêo estrumi.

Sou a sua flôr - Mar09




Ofereço minhas petálas
Incenso colorido
Meu perfume, essência
Brincar em seda sedução

Ser apenas seu amigo
Ser pólen de amor
O mel e o fel amigo
Se espinho dor

Incondicional te amo
Seiva sangue
Simples amizade
Apenas tudo

Mhalary - setembro/06

Muito longe de lugar algum, extremo da floresta amazônica no entroncamento dos rios Uaupés e Negro. Há uma tribo composta de descendentes do povo Inca, população próxima de trezentos indivíduos.

Este povo apresenta estatura alta, sua pele lembra a cor do fruto jambo, tonalidade roxa cintilante e sedosa, olhos de cores claras, quase transparentes. Aparência exótica e bela, os Mhalary mantém alguns traços da antiga cultura Andina, com traços, linguagens e significados próprios, totalmente isolados de qualquer outra cultura social.

Vive nessa tribo o pajé Oxry Ke We, o sábio e mentor, seus cabelos brancos, corpo pouco arqueado e perfil atlético, aparenta cinqüenta anos de idade. A centenária mais antiga da tribo diz a todos que foi o pajé que a tirou do ventre da mãe e brinca com a possibilidade de ter sido ele seu pai...

Oxry tem percepção sobre os sentidos básicos e o poder da audição, visão, tato, paladar e olfato dos humanos. Conhece a força invisível da mente e o seu potencial ao desenvolvimento espiritual no plano físico.

Na décima terceira “lua em prata” (lua nova), período de festas comemorativas a farta colheita obtida naquele ano, a primeira noite da “lua em prata”, considerada a de maior influência nos sentidos e sentimentos, haja vista é nessa época onde muitas mulheres engravidam na tribo, é também, à noite do sermão, do respeitado pajé Oxry Ke We.

A lua posicionada no alto do firmamento, Oxry Ke We reserva uma apresentação especial com objetivo de demonstrar a existência da força mental que existe em cada um dos indivíduos do seu povo que estava ao redor da grande fogueira com suas labaredas alcançando e emoldurando as estrelas no recanto tropical.

No alto de um tablado, em pé diante de sua tribo, iniciou breve palestra sobre os sentidos humanos, flexão e causa nos sentimentos individual e na coletividade, dedicou tempo silencioso a concentração orando um estranho canto aos ouvidos presentes, levantando os braços, mantendo-os abertos a população... Momento extraordinário, seu encantamento gerou força mentais coletiva, extasiados entreolhavam seus corpos acima da altura da cabeça do mestre, acima das labaredas... Enxergam seu corpo, mas o que são aquelas “cópias” no chão, o que é aquele fio brilhante que o ligava “seu corpo” pairando no ar com aquele corpo “sólido”!... O que é aqueles fios brilhantes se entrelaçando entre uns e todos!

Foram breves momentos, pouco a pouco, como um balão de gás esvaziando, retornam para o corpo “sólido”. A inusitada experimentação refletiu de maneira assustadora, surgiu o medo sentimento desconhecido inflando os integrantes a revoltarem-se contra o mestre ao crescente vozeio começam a afastar-se do local, não dando tempo necessário aos esclarecimentos do pajé sobre a força da mente.

Época de medo perdura naquele povo que decidiu não mais buscar esclarecimento, Oxry agora eremita isolado da população, recebe de tempos em tempos a visita do cacique. A tribo Mhalary está à mercê de interpretações dos sacerdotes.

Oxry Ke We, atualmente vive em outra comunidade junto aos descendentes da tribo Mhalary e aguarda pacientemente que os restantes do seu povo, resgate a luz espiritual escondida pelo medo no desconhecido subconsciente.

GLORIA DE UM BÊBADO - MAR.76

Bêbado tem gloria? , - tem sim senhor.

Para quem tem somente criticas a bebedeira pessoal desenvolve a sensibilidade oferecendo oportunidade para transparecer as angustias e mostrá-las ao mundo.

Foi na noite de três de julho de 1975, eu trabalhava num balneário e já fazia nove horas de noite quente no bairro, encontrava-me encostado à parede lateral de entrada ao recinto, frente à calçada, admirando o movimento, quando avistei um negro cambaleando pela ilhota da avenida principal, aos trancos e barrancos ele se aproximava da minha vista, até que reparei no que ele estava fazendo.

Zonzo, embriagado, pôr cada arvore que passava ele limpava o tronco e galhos da sujeira de papéis e plástico que se acumulavam e podando os galhos secos deixava a arvore limpa para crescer. Recentemente a prefeitura havia colocado muda de diversos tipos de arvore e a população já demonstrava todo o seu interesse colocando espetos, paus e faixas em volta de uma planta que queria ser arvore. Zonzo e embriagado seguiram seu destino nos 5 km de avenida.

Um gesto deste faz a gente pensar, será que temos que nos embriagar para fazer o certo, pôr que o politicamente correto não se faz sóbrio, falta de conscientização, de pudor, de vergonha, de que é preciso para fazer o que o coração pede para que o nosso próprio convívio seja melhor.

MENINO - JAN.92




Pôr do sol, despedida rubra, mais um belo dia no verão tropical a ficar na lembrança...
A praia em curva sinuosa moldurada pelo coqueiral, deserta em seu regaço, avisto, solitário menino acocorado e próximo a blocos de pedra que teimam ricochetear as ondas do mar, brancas gaivotas entoam a brisa do anoitecer.

O menino, tal estátua, admira horizonte em cores quentes escritas pelo sol em céu pronunciado em estrelas. A lua, já se apresenta no reflexo da luz, guardiã do trono. Negros e longos cabelos esvoaçam uma dança, sem tirar a concentração daquele pequeno ser.

A cena provoca a imaginação sobre os pensamentos daquele menino, em silêncio me aproximo e na ânsia curiosa fico admirar, pele queimada de futuro pescador, olhar sisudo, não se incomoda com o vento liberdade que traz frio ao magro corpo vestido maltrapilho.

Horas se passaram em silenciosa comunhão, restando a razão penitência em meio à natureza. Foi na passagem de furtiva nuvem que a lua clareou seu rosto em lágrimas a deslizar.

Bem-te-vi, gotas de lágrimas escorrerem sentimentos na límpida areia de finos grãos combinando no brilhoso liquido, assim eu vi, brotar gradativo luz dourada entre o jazigo das lágrimas, ocupando o cenário até o momento de cegar meu testemunho.

Reviro olhos, meus sentidos em alerta percebo no abrandar do clarão uma forma humanóide se apresenta diante do menino, com generoso sorriso.

- Olá Gabriel!
- Não se assuste, você me chorou, estou aqui pra te amparar.
- Como você sabe, meu nome?
- Sou um de seus sentimentos, eu nasço em você, assim como todos meus irmãos, você tem muitos sentimentos, sabia!
- Mas, mas...

Hipnotizados pela presença, admiro brilho e faíscas saltando dos olhos castanhos e grandes do menino.

- Dentro de vi, Gabriel, meus irmãos Saudade e Solidão que estão gritando, pois longe estão nossas irmãs Carinho e Amor.
- Em breve o tempo estará diante de ti clamando a união de todos nós sentimentos dentro de você, assim é, assim será, voltarei a abraçá-lo juntamente com as irmãs Alegria e Tristeza.
- Puxa vida, depois que meu pai e minha mãe foram pra longe de mim, tinha meu cãozinho Tuti a brincar comigo, meu único amigo. Hoje de manhã, fui trocar a água de sua vasilha e o encontrei deitado, não respirava... O Tuti morreu... Fiquei sem companhia, sem nada... Quer dizer que tenho um monte de irmãos! Muito bom saber, e como posso chamar você?
- Lágrima, estou dentro de você e aprendo na passagem pelo coração que nunca estamos sozinhos, com atenção nas virtudes, cultivando bons sentimentos, estaremos sempre próximo de bons companheiros.
- Você sabe me dizer onde está o Tuti?
- A vibração energética do Tuti segue seu destino no caminho eterno, o mesmo caminho que no futuro você irá seguir na sua vida.
- Minha vida! Não é aqui?
- Sua vida é onde você está no seu eterno momento. Viva meu menino, pois também sou Lágrima da irmã Alegria.
- Eitá, terminei por despertar você em meus olhos, bom, vou fazer o tempo de aprender, vou voltar correndo para casa, lembrei... Deixei o gato da vizinha preso no banheiro, do jeito que você fala, despertei outros irmãozinhos...
- Sim meu menino, você despertou a Ira e a deixou em revolta no coração.
- Já vou, Lágrima, agradecido pelo meu despertar, vou prestar mais atenção aos nossos irmãos sentimentos de agora em diante. Você me faz um favorzinho!
- Sim.
- Diga para o Tuti que eu amo muito ele e que me aguarde pra gente brincar novamente.
- O Tuti ouve você e entende seu amor, ele está saltitando de felicidade.
- Tchau, Lágrima... fui...

De um salto o menino se pôs a correr a pequena trilha descampada em direção a casa. A forma de luz reduz gradativamente seu brilho, não sem antes seguir em minha direção a piscar adiante de um ser perplexo em estátua enluarada.

Conversa entre nádegas (vídeo: Statler & Waldorf - Muppets)

Nader e Agda fazem parte de um formoso bumbum de uma linda morena de cabelos loiros carioca. O casal de nádegas comenta a situação...

Nader - Você sabe o que a nádega falou prá outra!
Agda - Que fique tudo entre nós...
Nader - Daqui só sai merda. (contribuição: dbarodrigo@gmail.com)

Agda - Acho que nossa portadora é realmente loira!
Nader - Porquê?
Agda - Colocou um fio dental entre nós banguelas...

Nader - Sinto um cheiro estranho...
Agda - não sou eu, foi o cú pado.
Nader - É por isso que xingo ele de cú nhado
Agda - Já percebeu como o cú rioso
Nader - Sim, as hemorroídas estão me coçando...

Agda - Nossa, por que você está fazendo bico!, tá com dor de estomâgo?
Nader - Pois é, acho que vou vomitaaaaarrrr...... ploft...

Nader - Sabe que estão falando mal da gente por ai?
Agda - Liga não boba, são as más línguas!

Nader - Quem olha pensa!
Agda - Que somos duas coisas diferentes associadas a inteligência que está localizada no cérebro...
Nader - Somos parecidos com o cérebro!
Agda – Pense, my boy, sou a emoção e você a razão...
Nader – Ouviu os comentários - a diferença entre nós e o cérebro, é que usamos botox.

Nader - Agdinha meu amoreco, tudo que ficar entre nós termina em merda...
Agder - Meu querido, por essa e outras e que não deixo de fazer minha consulta semanal ao meu personal cumonicólogo ele entende de tudo sobre a socialização na era digital...

Nader - Estou preocupadissímo, nossa amiga loura falsa, dia desses ficou encantada com buzunga que alertava sobre a questão da responsabilidade social é que ela é portadora de um produto natural auto sustentável!
Agder - Não fique nervoso meu bem, isso causa celulite na sua pele, nestes tempos quânticos e holistícos estão anús atrás...

Inspiração...
The Muppet Show - Statler & Waldorf

Conversa entre nadegas (se tivessemos braços)
A – Menina, estava aqui imaginando...
N – O que é desta vez!
A – Prá você pensar, nosso condomínio tem dois braços, duas mãos, cinco dedos em cada uma, duas pernas e nós duas todos de cada lado do corpo, o direito e o esquerdo...
N – Você presta uma atenção, de orifícios pares somente o nariz e a orelha!
A – Estou pensando se cada uma de nós tivesse seu braço e nem precisava de tantos dedos...
N – Inveja eeeh...
A – Com tanta tecnologia, implantes, poderia atender o celular que ela coloca na sua cara, limpar a cozinha, punhetar o amigo dela, fazer uma cirica, apertar os botões de descarga os Eletrodomésticos, sem ela precisar se virar... O que você faria com seu braço solitário e dedinho órfão!
N – Hum... Acho que estaria coçando o nariz!


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bodêga - julho.91

Sinopse: seriado
Gênero: Comedia

Casal de estudantes universitários em férias, visitam lugarejo interiorano, onde se localiza a fazenda dos país do Renato após longo período afastado pelos estudos. Seu tio convida a conhecerem a região e os sítios, breve herança a ser administrada.

O único meio de transporte da região é a Transflash, sistema de transporte municipal administrado pelo poder local, família rival, geradora de conflitos e interesses a comunidade local. O casal encontra discrepâncias no convívio social e comunitário, refletindo e comparando situações ao modelo social e urbano da metrópole onde residem desde a infância.

Exemplo, no cenário rústico e humilde, nas roupas simples da população, todos vestem um vistoso e único modelo de tênis de última geração tecnológica (parece merchandising... e é), exceto o casal urbano, todos personagens deste lugarejo personifica e arremete algum cartoon ( Mrs. Magôo, Pepe Legal, etc.)

Alguns personagens:

Professor Aroldo; Jovem negro, comporta-se como um mecanizado robô.

Jijo; Garoto (cartoon Kelvin), traz consigo dois pratos musical, ao bater próximo a pessoa a mantém paralisada por alguns momentos.

Andaluz; Rapaz alto e magricela, inteligente de fala incompreensível, tem como tradutor um papagaio que o apresenta e explica sua situação, ter sido largado naquele local por um OVNI.

Antonio e José; Irmãos gêmeos, cada qual com deficiência física, Antonio - epilético e surdo, José - Gago, sem o braço esquerdo e manco da perna direita. Sempre juntos, vivem de dos serviços rurais na região.

Caridoso; Corcunda, capataz na fazenda do tio de Renato, cuida de todos os serviços, ordenha, colheita, etc.

Almôndega; Tio do Renato, fausto e opulento senhor, em permanente campanha eleitoral, seu sonho e trabalhar na prefeitura, independente da situação financeira, distribui folheto e candidatando-se a qualquer vaga municipal.

Cabo Bringela; Mulato responsável pela segurança pública, seu local de trabalho é na único bar que também é proprietário, tem uma anomalia nos olhos, mantendo aberto apenas um, em rodízio, usa um tapa olho que troca de posição a vez do olho que se fecha.

Delegada Conceição; Senhora gorda e extrovertida, sonha e persegue o Tio Almôndega para realizar seu sonho de casamento.

Enéias; O barbeiro da cidade, careca colecionador de perucas, oferece serviços de unisex de higiene, em períodos de lua cheia transparece a parte feminina.

Ligeirinho; Trabalha nos serviços de correio, pessoa de fala mansa, devagar, age constantemente lento.

Dado e Binho; Donos da mercearia, imigrantes, Dado alemão gago e fanhoso, Binho italiano tímido cuida secretamente do prostíbulo nos fundos da mercearia (de velhas e gordas) a fachada é um asilo. Dado e Binho são irmão de mesma mãe.

Renato; Protagonista, estudante tercianista em arquitetura

Ana Claudia; Namorada do Renato.

Passado sem Fim - agosto.75

Está história foi um sonho pitoresco, que registro em minhas lembranças.

... Encontro-me recostado à uma grande àrvore, na busca de seus frutos, enquanto me desfruto cuspindo caroços ao sabor do vento, contemplava a cidade distante calculo uns cinco quilômetros de onde me encontrava.

Trepado no mais alto galho suportando um peso de oitenta quilos, sinto o frio silêncio do vento, a sombra me protege do sol e ilumina a região na florêncencia da primavera. Refletia pensamentos, avistando o mosaico de prédios rústicos de natureza e sua estrutura de estranha harmonia acida, de sua gente que não têm tempo de conversar, olhar e sentir a causa de seus medos, cada um pensando no seu umbigo, no seu dia-dia, que futuro?

Fiquei naquela posição pôr várias horas, até que pôr encanto tudo começou a ruir, a se desintegrar, todas as coisas que faziam parte do cenário da cidade transformando-se em pó diante de meus olhos, num profundo silêncio. Todas as pessoas que estavam lá todas as coisas se transformaram em montanhas de pó em poucos minutos, meus pensamentos criavam perguntas e respostas para o passado daquelas vidas, o fim de suas histórias.

Do horizonte aproximava-se uma gigantesca montanha formada como uma esteira de grama que cobria todo aquele pó cinza das ruínas, enquanto a grama se acomodava pela terra encobrindo o que poderia ser o futuro, foram pipocando arvores, plantas, arbustos e flores de várias espécies, numa seqüência alucinante cresciam a minha frente abrindo-se em folhas e frutos, uma brisa trazia o perfume de vida nova, o cheiro da floresta me provocou a descer ao gramado para um reconhecimento ao paraíso instantâneo e caminhei até o pé de um morro onde pude avistar diversas pessoas, homens, mulheres e crianças, vestidos de forma simples com camisetas brancas, descalços, sem nenhum outro acessório que não seja a camiseta, calças e saias, sem exigências que a cidade impunha aos seus moradores, animais de diversas espécies convivendo de forma harmoniosa e mansos aos humanos, muitos deles desconhecidos que não vi nem em fotos de arquivos e revistas nas lembranças do meu pensamento.

Passei o que parecia longas horas admirando aquele cenário, quando a fome me alertou o estômago, fazendo-me detalhar os frutos que estavam em volta, entravam pensamentos para utiliza-los com sabedoria para eleger a eternidade que brotava de nossos pés, o mesmo alimento que é dividido com os animais e pássaros que piam pôr todos os cantos, legumes que brotavam de forma silvestre entre os arbustos que eu conseguia distinguir.

Enquanto eu apetecia aqueles frutos meus pensamentos voltavam-se para toda aquela gente que buscava se achar naquele imenso bosque, e destes aqueles que acostumaram-se a comer carne será que suportariam aquele estado vegetativo, teriam coragem de matar os animais que estavam ao seu redor para satisfazer seus caprichos.

O tempo continuou em semanas, sozinho eu contava o tempo pelo sol e estações de clima, caminhando sem rumo pelas trilhas sem fim, sem passado, sem futuro, até contornar um rochedo onde encontrei quatro garotas que reconheci no período em que vivia na cidade, estavam se refrescando numa pequena cachoeira, brincavam como meninas inconseqüentes do belo corpo nu que mergulhava nas quentes águas do riacho, propiciando um convidativo convívio que passei a ter numa vida incomum, num bosque incomum.

Deste grupo se destacava uma morena de cabelos lisos e longos com grandes olhos verdes, de porte garboso, seu nome Lena, simbila como música de seus carnudos lábios, sentia forte emoção, entendiam-nos perfeitamente antes e depois do episódio das ruínas. Como se já a conhecesse de muitos e muitos milênios...

Naquela noite em volta de uma fogueira próxima ao riacho conversávamos a idéia de buscar um lugar para se fixar e parar de zanzar pelo imenso jardim, e assim na manhã seguinte seguimos uma trilha no sentido norte a posição do sol, ainda desconhecida em busca de um lugar que pudessemos denominar como lar.

Surpresa atrás de surpresa de uma floresta exuberante, já aproximava-se o horário do sol a pino, deparamos com três colegas de minha época escolar da cidade devastada, enquanto almoçavamos todos juntos a sombra de uma imensa, o que parece com jacaqueiras perfumadas, iniciamos votação para seguirmos todos juntos na busca de um lugar para se instalar.

No final da tarde paramos para descansar, o percusso, na ingreme subida da montanha paramos para apreciar a paisagem que se avistava ao longe, o reflexo de uma imensa praia onde enormes ondas desmanchavam-se em doces caricias na areia dourada, no mar azul avistava bandos de golfinhos, na vista a encosta da montanha encontramos uma caverna e próximo escorria uma cachoeira, desaguando em uma enorme bacia natural fazendo-se de quintal para um cenário maravilhoso, àguas do plâto pricipitavam-se para o mar. A cada passo que alcançávamos aquele local nossos olhos se enchiam de lágrimas como dizendo que aquilo tudo era um lar. Ficamos vários dias investigando e descobrindo todas as facetas daquele lugar, mal saibamos que estávamos desenvolvendo raízes num pedaço de chão que denominamos de lar.

Mais e mais tempo foi passando, a minha relação com a Lena gerou um filho que chama-mos de Talhe, nossos amigos, formaram novos casais, que com o tempo resolveram partir para um novo lugar e constituirem suas famílias. No sopé da montanha onde vivíamos surgiu com o tempo e a chegada de novas pessoas uma aldeia que se configurou, lembrança e percepção na civilização Inca, todas as pessoas com quem conversávamos tinham resquícios de lembranças no passado daquela cidade que assisti sendo enterrada e demonstravam não gerar os erros das vidas anteriores, procurando viver numa civilização reestruturada pela experiência de compartilhar os acertos numa comunhão natural de vida eterna sem receios, sem vícios, sem doenças.

Meu sonho terminava num belo pôr do sol, passeando pelas ruas da comunidade junto com Lena e Talhe que ensaiava seus primeiros passos, encontramos dois anciões descansando na soleira de uma casa de pedra, onde conversavam.

- ... Um homem conhece várias formas de corromper-se, mas somente na velhice de sua morte, fica ciente do que fez sem beneficiar-se dos prazeres feitos sem obrigação. Deus retira-lhe tudo, devolvendo-o a natureza humilde. Se houver tristeza, essa será apenas o espaço entre as alegrias.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

TEMPO INOCENTE - NOV.75



Após extensiva comemoração ao tri-campeonato de futebol da seleção brasileira, trazendo ares de vitória aos patrícios, renovando esperanças de nova política, foi neste cenário que iniciei estudos na série ginasial.

Início de ano escolar, 1ª dia de aula, pleno em juventude bestial a encontrar-se com paredes sociais e intolerantes em todo meu ser bagunceiro.

Nesse primeiro dia com natural curiosidade em nova escola, novos professores, novos rostos. O sangue nervoso com a novidade de classe mista, meninos e meninas ingênuas, recém saídas de uma escola de freiras, ansiosos em novas amizades, adentrou em classe, êxtase, entreolhares, risos e chacota, reconhecimento dos territórios.

Sentei na 1ª fila, carteiras duplas, ao meu lado estava uma flor de pernas, uma linda loira de olhos verdes, um rosto de rubi de tão bela a princesa, sonhei.Um lindo sorriso se abriu no rosto encantador, enfeitiçado, sorriso maroto rapidamente fortaleceu companheira amizade, o perfume daquela menina me encantava.

Juventude bestial comandava meu corpo, nos primeiros dias e meses que se seguiram à amizade crescendo e se aflorando um compromisso, exageradamente já não conseguia respirar sem ela, seu tudo. O primeiro amor sem coragem de se declarar, o medo de ser rejeitado, o receio me sufocava, a procura de coragem de expor minha paixão em palavras, o que meus olhos e corpo já se manifestava diante do ser amado.

Tarde ensolarada caminhando em direção a escola, esgotado pela manhã de trabalho, ao meu lado a princesa, desde o dia que nos conhecemos, descobri que ela morava próxima a minha residência, nessas coincidências da vida, fez dos meus dias à vontade de ir e voltar em sua companhia. Conversando assuntos do cotidiano foi quando o cordão do seu sapato se desamarrou próximo de uma escadaria em ladeira que separava as ruas do alto e baixo do bairro, tomei a imediata providência de acudi-la a sua segurança evitando tropeço, agachei como um servo para amarrar-lhe os cordões sem pressa, meus olhos iniciaram uma excursão a beleza das pernas abria-se o vestido uniforme, meu coração começou a bater mais forte, vorazmente, sem pensar peguei suavemente no seu tornozelo, subindo a mão até os joelhos, me pondo de pé prontamente, coração explodindo, encarei aqueles olhos que nada me reprimiam e devagar tremendo beijei-lhe, beijo molhado que encontrou os lábios de quem me ensinou a beijar.

Naquele beijo nasceu um romance que se comemorou em quatro meses onde conheci o primeiro amor. No final do ano após os exames, férias, e tudo acabou pôr encanto, aquela garota que tanto amei desapareceu num encantado mistério, aprovada na escola todos seus familiares mudaram de residência, sem recados, sem maneira do paradeiro, rumo desconhecido, sem ela saber levou meu coração, nunca mais os encontrei.

Vida Corrente - maio.97


Sinopse / novela midiúnica

Três protagonistas. Ana Clara, Marcos César, Rui Porto, convivem experimentações ao longo de três épocas, reencarnações, cada qual com leques de sentimentos , cada qual com elos formando uma corrente de relacionamentos e aventuras.

1ª Fase – Capítulos 01 a 66
Portugal, Lisboa – 1495. Maria Augusta (Ana) casada com Jose Antonio(Marcos), casal de agricultores recém chegados a cidade, filho de 10 anos (Rui) encontram dificuldades em moradia e sobrevivência na cidade. Jose aceita proposta de converter-se em marinho em uma das caravelas da esquadra formada pelo capitão Cabral. A inevitável separação gera angustias e sofrimentos na ausência do marido, Maria sujeita-se a prostituição para obter alimento ao filho. Jose, em terras inexploradas se encanta-se com a cultura indígena, enamora-se de Pina, filha do cacique Guarani e resolve aceitar com outros marinhos até a próxima viagem de retorno a Portugal.

O retorno a pátria acontece dois anos depois, deixando Pina com filho recém nascido. Na chegada não localiza Maria, empreende desesperada busca, após meses no paradeiro da família, amargurado, encontra a esposa morando na cidade do Porto. Violento confronto e gerado com o atual companheiro de Maria, um rico estalajadeiro que cuidou e ofereceu educação ao filho que ora, odeia o pai pelo abandono sofrido. Jose morre na briga pelas mãos do filho. Em espírito recebe orientação na morada celestial e volta em muitos momentos para assistir a ex-esposa e seu filho buscando contribuir com os conflitos existenciais. Experimenta também perdão pelos seus atos junto a Pina em seus sonhos.

2ª Fase – Capítulos 67 a 123
Japão, Hiroshima – 1945. Issy (Ana) e Kan (Rui), agora na situação de irmão de família de pescadores. Conhece Uryai (Marcos), enamoram-se, A família de Issy não aceita o relacionamento com conhecimento das vicitudes de Uryai. Novo conflito Uryai mata Kan. Em desespero e angustia Issy rompe o relacionamento e suicida-se. Dias depois a bomba atômica acaba com a cidade e com a vida de Uryai.

Vinte episódios finais desta fase, os três protagonistas e seus mestres buscam harmonizar e empreender nova reencarnação.

3ª Fase – Capítulos 124 a 180
Brasil, Rio de Janeiro – atual. Ana está em preparativos de noivado com Rui, mas antigo namoro com Marcos há faz desistir do casamento no altar, fugindo com Marcos para Salvador. O casal apaixonado encontra relativa paz com dois filhos no período de 5 anos. A Chegada de Rui, como rico empresário instalando nova fabrica e programando nova moradia encontra Ana com as crianças em passeio pelo praia, reacende a paixão, desfigurando Ana no eterno dilema de amor entre os dois homens.

Lost Dog - Junho.95

Lion, nasceu em 23 abril de 1994.

Você entrou em nossas vidas,
Despertando sentimentos,
Convite ingresso,
Compaixão.

Coragem sem licença.

Olhar, inocente instinto,
Irmão do meu filho,
Códigos a traduzir,
Latidos, Compreensão.

Estamos com saudades.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O estudante e o leigo - janeiro.78

Entra um estudante pela porta do bar, com voz chorosa pede um refrigerante ao balconista. Um cearense que a pouco chegava a cidade grande encontrava-se sentado em mesa proxima ao balcão investigava o jeito triste do rapaz e perguntou :

- ...haa... qué que houve companheiro tá triste do que para ficar deche jeito ?
- ... foi a prova de geografia que acabei de fazer, perguntava sobre os Estados Unidos.
-...ó xente, que eles preguntaram ?
-... bom uma das questões, onde se localiza a cidade de Las Vegas...
-...las vega...lais veiga...las velas... eitcha... nome danado...

O estudante começou a rir, achando graça da situação estendeu a prosa para sentir até onde o ilustre desconhecido chegaria, e começou a inventar questões:

- Onde fica Chicago?
- eita... essa e facir, donde eu moro, passa o rio Cabuçu, você atravessa e do outro lado, hiii... bichinho tudo mundo vê chicago.
- E Nova York ?
- bão, noi ioqui, é aqui perto passa o faror, vira na segunda, se não for a terceira travessa tá
perto, parareia com a portugar.
- Rapaz, você manja tudo mesmo, agora vou para as mais dificeis, sabe onde fica as montanhas
rochosas nos Estados Unidos, onde moram os indios Apaches ?
- Compricô, sei não, de indio sei do Xingu que avistei nas foto da revista Manchete.
- E o rio Mississipi ?
- conheço o São Francisco, serve...
- Por último onde fica o Tennesse ?
- ora, já...já ele vem beber uisqui aqui na dega, e logo chispa...
- Meu amigo, você está bem informado para fazer deste pais um continente, até mais ver.

Um dia no espaço - janeiro.78

Sonhava, desce toda brilhante uma linda garota semi-nua, loiros cabelos flutuavam sob um corpo de olhos grandes e verdes faiscantes, admirava sua boca-amor, o capricho que a natureza esculpiu nos contornos de um belo corpo composto por duas asas branquinhas como sua aurea, um anjo real?

A noite estava fria e úmida no meu quarto solitário, ela pegou-me pela mão dizendo,

- vem amor, vou te mostrar meu mundo...

Sem palavras acompanhei em sua direção, estava no meu astral, em espirito olhei meu corpo deitado displecentemente nas cobertas da cama num sono profundo, minha atenção logo se voltou para aquele anjo, passei pelo telhado de casa seguindo em direção as estrelas, procurando conversar com aquela maravilha que chamava-se Semi.

Entrei num túnel de nevoa em movimento admirando o vôo que Semi controlava com mestria, me deixou zonzo, despertei agarrado ao corpo de Semi sentindo uma leveza e paz interior numa viagem que seguia vagarosa até a extratosfera, no percuso deparava-me com passaros de longas caudas, e outros anjos que levitavam a nossa volta numa singularidade impressionante, que reino ?

Na entrada do espaço propriamente dito, nossos “corpos” transformavam-se em luz, forte e brilhante, aumentando a nossa velocidade.

- Julio, tenho que ser rápida esta noite para te mostrar o que pretendo...

A velocidade alucinante foi diminuindo a medida que aproximava-mos de um planeta que surgia de forma gigantesca a terra a nossa frente. Ao entrarmos na atmosfera perguntei onde estavamos.

- Jupiter...
Em silêncio,seguimos descendo até estacionarmos num piso frio que provinha um corredor imenso construido por um material que desconhecia na terra, o diametro calculava uns 70 metros de largura, não conseguindo fazer os calculos da extensão, a cada 50 metros aproximadamente havia uma porta de grandes proporções, continuei seguindo-a até entrar por uma delas, o mais engraçado e que eu tinha a sensação de ter estado naquele lugar anteriormente, nada parecia o fantástico que estava vendo ou revendo, tentava me lembrar no reconhecimento que fazia no local até que apareceu a figura de um homem enorme a nossa frente.

- Pai, quero te apresentar um amigo que eu trouxe da Terra, Julio.
- olá... como vai o teu planeta...
- a miséria de sempre...

Achei engraçado a franca apresentação e o modo coloquial de falar, o pai de Semi foi me acompanhando e mostrando-me os recantos daquela cidade-satelite que ficava abaixo dos gazes do planeta Jupiter, Semi me acompanhava abraçada o tempo todo, conversavamos com muita naturalidade, parecia uma visita a uma cidade antiga revivendo os tempos de infância. Tomamos chá, e por longas horas passeamos e caminhavamos até uma varanda da sala onde se avistava a bolha de proteção da cidade que separava os gases perigosos. A bolha feita de pura energia se moldava as ventanias que aconteciam fora da cupula, dentro da cidade reinava um silêncio tranquilo que refletia no rosto dos cidadões daquela comunidade, todos saudavéis mental e fisicamente conscientes de seus direitos e deveres.

As horas foram passando como minutos na troca de informações do modo de vida daquela cidade e do planeta Terra que não tinha motivos para defender seus habitantes e seu modus-vivendis. Chegou a hora da partida, me despedi de todas as pessoas que conheci, e junto com a Semi retornei ao meu corpo, no meu quarto solitário.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mochileiros - novembro.76

Havia, um pequeno grupo de rapazes e moças recém saídos do II. grau escolar que viviam num bairro pobre de uma grande cidade. Formavam os casais Julio/Katia, Maurício/Lilian, Walter/Márcia e Paulo/Marlene que tinham como ponto de encontro comum um local no imenso jardim público próximo de suas residências.

No inicio das férias escolares de verão, estavam todos reunidos na pauta de uma discussão o que fazer para curtirem todo aquele tempo ocioso, foi neste momento que surgiu a idéia de encararem uma viagem na base de carona, caminhadas e passagens de ônibus, seguindo a costa litorânea Brasileira até onde desse, ficaram até a noite resolvendo o problema que cada um tinha na relação familiar e financeira, o que precisaria para esta aventura e pôr fim marcaram a data para o início da viagem.

Manhã de uma terça-feira, despontava um dia quente e encontramos os quatro casais na rodovia que segue em direção ao litoral Paulista, destino final cidade de Manaus um dos extremos do País, seguindo a BR-101 sentido região Nordeste. Com pouco dinheiro no bolso cada casal foi se ajeitando no sentido de conquistar carona, com as dificuldades verificou-se que em muitos trechos era impraticável ficarem todos juntos desta forma foram criando pontos de encontro, como etapas de chegada, quem chegasse primeiro esperava os outros. A diversão foi envolvendo os casais que curtiam como uma disputa, gerando fatos pitorescos que eram contados de um casal para outro, num destes trechos Paulo/Marlene pegaram carona num caminhão que transportava vacas até Barra Mansa/Rio de Janeiro, ficando com cheiro de estrume pôr um dia inteiro.

O reencontro de todos os casai aconteceu na praia de Irajá/R.Janeiro, de mar calmo anoitecia quando todos estavam acampados na areia em volta de uma fogueira, dividindo lanches a base de pão com mortadela e laranjas que um dos casais havia pego num sitio.

No dia seguinte conseguiram o café da manhã com um pescador em troca de serviços na manutenção de uma cerca que protegia a casa, aproveitaram e pescaram o almoço, brincaram nas ondas do mar e aprontaram-se para a próxima etapa Maceió/Alagoas.

Demorou-se três dias para todos estarem reunidos, desta vez a maior aventura foi do casal Walter/Márcia que foram presos em Vitória/E.Santo pôr vadiagem, alimentaram-se na delegacia e foram liberados após ligações feitas para seus familiares. Já na região nordeste resolverão seguir todos juntos em caminhada em sentido a Recife/Pernambuco, percorrerão aproximadamente 20 quilômetros quando localizarão um casebre no sopé de um morro onde mora seu Germancio e Dna. Gloria com seus oito filhos, bem aceitos jantaram o que tinha disponível farinha com jabá e pousaram ocupando todos os cantos do pequeno casebre, ocorreu uma pequena confusão quando o Julio no meio da madrugada resolveu ir até o banheiro e pisou em algumas pernas e braços, quase fazendo xixi em cima do Maurício que dormia sentado no vaso sanitário, que acordou com o berro da Márcia que avistou uma aranha subindo pela cortina na penumbra da noite. Aranha morta e o Julio indo fazer suas necessidades no meio do mato a noite ficou tranqüila.

Na manhã seguinte cada um colaborou no que pode para agradecer e gentileza do seo Germancio, consertaram a calha, alimentaram as cabras, as mulheres limparam os quartos ensinaram algumas receitas para Dna. Gloria, indo todos se reunir na praia e se divertir no mar, a piada do dia foi do Paulo que tentou tirar leite de um boi velho que só servia para bife como dizia seo Germancio, levando uma rabanada pelo desaforo.

Mais aventuras estavam se acumulando quando chegaram em Recife, juntos no parque da cidade, terminaram pôr pernoitar no próprio jardim, fizeram passeios pôr todos os recantos da cidade foram até Olinda, onde conseguiram uma carona num caminhão velho que levou todos juntos até Natal/R.Gde. do Norte, novo objetivo chegar a rodovia Transamazonica e seguirem até Manaus.

Na chegada em Natal com sorte fizeram amizade com um Rico proprietário de Salinas, ficaram hospedados em sua residência pôr dois dias com diversas mordomias. Fizeram as contas das aventuras e tinham já um saldo de 15 dias de estórias para suas vidas.

Fizeram cabotagem, nova carona numa “ximbica “ até Teresina/Piauí, pernoitaram na própria casa do motorista, mudaram o rumo para conhecer São Luís/Maranhão, no caminho procuravam encher a mochila com frutos e alimentos que arrecadavam, auxiliavam pessoas com seus conhecimentos do seu estudo na capital, sempre se ajudando mutuamente nas necessidades que ocorriam pêlos longos caminhos de estrada. Na capital do maranhão chegaram embaixo de uma chuva torrencial que assolou a região, a população festejava a chegada das águas depois de 90 dias de escassez, aproveitaram e descansaram pôr três dias das longas caminhadas.

Ainda chovia quando partiram de São Luís em direção a Manaus, com a cooperação de um fazendeiro, foram todos montados em lombos de cavalos e jegues até uma cidade que fica no meio do percurso até Manaus. Os casais completaram a etapa de ida de várias maneiras, um entrou na cidade a pé, outro de barco, a cavalo, em cima de ônibus, reuniram-se no pátio da prefeitura, e lá ficaram num porão cedido pêlos funcionários, mais um período de descobertas daquela cidade pitoresca e calorenta, para um grupo entusiasmado como estavam chegaram a dar entrevistas para o jornal local relatando suas desventuras para chegarem até ali, planejavam agoura a volta para São Paulo.

Com toda a publicidade, conseguiram carona pôr um avião da FAB, que tem como destino Brasília/DF, que liberou toda a turma num posto do INCRA fronteira do Amazonas com Mato Grosso, mais caronas, atravessaram Goiás, dormiram em pastos, pescarias e até caçada a patos selvagens com estilingues improvisados para terem carne para se alimentar, a região central do país com extensos cerrados e poucas habitações faziam o grupo se esforçar em manterem-se unidos, passaram pôr Brasília onde elegeram a pior cidade do passeio pela sua inospitalidade, até que 40 dias depois do inicio desta aventura chegaram em São Paulo, cansados e felizes montaram uma festa com todos os familiares, planejando a futura aventura para o sul do país.

Ismo



No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa encontramos o significado do ISMO:

Sufixo, do grego –ismós, oû, formador de nome de ação de verbos em –izõ e, as vezes, em –iõ, pelo latim – ismus... no curso, ainda, do século XIX e no século XX, seu uso disseminou para designar movimentos sociais, ideológicos, políticos, opinativos, religiosos e personativos, através dos nomes próprios representativos, ou de nomes locativos de origem, e se chegou ao fato concreto de que potencialmente há para cada nome próprio um seu derivativo em –ismo...

LOVE´S ROAD IN SP - SET.06



Produção para televisão, exibição semanal. Duração 30´.

Constituído de casal de atriz apresentadora e seu co-piloto, produtor e operador de vídeo. Circulam pelas vias na de cidade São Paulo, visitando os motéis, night clubs, casas de shows e restaurantes em automóvel de alto luxo off-road.

O Automóvel é seu escritório, meio de locomoção e residência entre as gravações dos locais de visitação. Contém todas as tecnologias Hi tech patrocinadas em acessórios disponíveis ao consumo.

Entre entrevistas e pesquisas, abordam assuntos sobre sexo e relacionamento, com dicas para o prazer e bem estar do homem e da mulher, apresentam as novidades dos sex shops. Apresentam estilos e comportamentos dos personagens entrevistados, finalizando com cenas romanceadas nas dependências do local em divulgação.

Ações e roteiros pautados em merchandising patrocinados.