quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Criatura.com e o Criador.org

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Procuramos demonstrar, ao longo desta pesquisa que seleciona, traduz e reconstrói narrativas históricas de autores célebres, que os fatos, situações, e dinamismos presentes nos mais diversos contextos históricos, não nos permitem concluir este estudo numa perspectiva aqui já demoradamente criticada, ou seja, a do pensamento dual, do binômio certo ou errado, do dualismo cartesiano.
Assim, gostaríamos de enfatizar algumas questões que nos parecem fundamentais para o entendimento do que se passa no atual contexto histórico que abriga “O Criador” e “Suas Criaturas”, a fim de que possamos, realmente, compreender o vertiginoso movimento que sacode nossas sociedades e os nichos privados donde surgem as Criaturas, a partir de uma “história-de-vida” de um “Criador”.
Iniciamos por chamar a atenção para o aspecto da “Mídia e sua relação com a sociedade contemporânea”: As mudanças nas práticas comunicacionais, o desenvolvimento tecnológico e a disseminação social da lógica mercantil são os novos elementos que se agregam às características atuais do capitalismo e à existência de um mercado de dimensões mundiais. As relações entre economia e cultura, no contexto da pós-modernidade, engendram modificações nos processos sociais, e comunicacionais, como nunca dantes visto. A era do “Virtual”, já se confunde com o próprio “Real”. A situação atual da indústria cultural e a presença de mensagens caracterizadas pela combinação de informação e de entretenimento começam por delinear uma nova “Zona de Criação Coletiva”, que parece não se prender aos ditames da legislação sobre os direitos autorais. Esse fato, mais que qualquer outro, demonstra o poder de mobilidade de obras, de autorias, de conhecimentos, e de informações, que atualmente ligam em rede o planeta inteiro. É possível, e, ainda, é conveniente, pararmos o “movimento histórico” que nos traz o novo e o inesperado?!
Ressaltamos as inter-relações entre “Mídia, Poder e Ética”, resgatando FOUCAULT para iluminar a questão do poder dos atuais meios de comunicação sobre a organização da sociedade contemporânea. Constatamos a dinamização e a atrofia do espaço público que acaba por repercutir nas relações objetivas e subjetivas do “Criador”, com suas “Criaturas”. As características específicas de cada meio de comunicação, na dinâmica desse processo, e a disputa pela hegemonia, através do modelo concentracionista, contribuem para a racionalização do discurso e aos limites do pensamento hegemônico. Neste contexto o direito de comunicar, e as formas democráticas de controle social, ainda são discutidos. Os limites éticos da comunicação de massa parecem avançar mais rapidamente que o Direito os possa alcançar.
Finalmente, procuramos demonstrar como a “Economia da Informação”, na sociedade contemporânea, através do impacto econômico das revoluções tecnológicas, criou as contradições atuais da economia dos bens informacionais e imateriais. Estas, por sua vez, geraram monopólios de bens simbólicos e culturais, através de técnicas de aprisionamento, de feedback, etc., em um contexto informacional e global. Os novos aspectos “regulatórios” da Economia da Informação e do Conhecimento (patentes e copyright), entretanto, vêm se deparando com uma feroz vertente de competitividade em busca da eficácia econômica das práticas colaborativas.
Este é o cenário onde encontramos, hoje, o “Criador” e a “Criatura”. Quem ganha e quem perde com isso? “Esqueça essa história de querer entender tudo. Em vez disso: Viva! Em vez disso: Divirta-se! Não analise: Celebre!”.
A questão mais importante não se resume a ganhos, nem às perdas... Mais apropriada a reflexão de Mario Quintana, parodiando Lavoisier, ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: “nada se perde, tudo muda de dono”. A singeleza e simplicidade de sua “síntese” conseguem aqui traduzir nossa percepção sobre o momento e o movimento atuais. Há dinâmicas presentes em todos os tempos históricos que escapam ao nosso controle. Não devemos esquecer que os tempos históricos se complementam ou se conflitam. A famosa crise da modernidade convive com a da pós-modernidade. Nem tudo está definitivamente perdido, ou mesmo deixando de ter importância. É inegável, porém, que temos que procurar outras maneiras de analisar o mundo humano e ter um olhar mais crítico diante das verdades modernas (REZENDE, 2004).
Embora esteja configurada a sociedade do espetáculo, e da banalização da violência, contraditoriamente também está sendo consolidada a sociedade rica na produção de conhecimentos. Ultrapassamos muitos impasses, mas a sociedade globalizada não consegue viver sem drogas e depressões. Caímos num consumismo sem limites, sem uma socialização que possa diminuir as imensas diferenças sociais. Passamos por inquietudes que podem trazer soluções sociais e políticas que levem a práticas menos individualistas. Não há desenganos definitivos, nem tampouco o fim da história. As possibilidades de mudança continuam abertas, os paradigmas não são verdades absolutas, a história nunca deixou de ser uma invenção humana, como também o projeto de autonomia não morreu, é válido para construir-se uma perspectiva mais igualitária e uma sociedade não infantilizada pelos brinquedos eletrônicos, pelo onipresente fetiche das mercadorias. Ainda há espaço de luta para salvar-se da insanidade mental ou do culto fundamentalista das riquezas materiais (REZENDE, 2004).
No mundo de tantas diversidades, a questão da solidão ganha territórios imensos. Hannah Arendt já apontava para os limites da expansão tecnológica, no seu livro “Entre o passado e o Presente”, que levaria o ser humano a conviver com uma solidão destruidora diante da massificação constante dos valores. Criamos a cultura, estamos cercados dos nossos produtos, somos criador e criatura, mas mergulhamos numa relação coisificante (AMORFA) com os nossos inventos.
No mundo da cultura, parecemos seres estranhos, sem intimidades com o que criamos, como vítimas dos mecanismos transferências que dominam a mídia, no reino do Big Brother (REZENDE, 2004). Portanto, o exercício da crítica se perdeu, parece ser monopólio de alguns iluminados pela arrogância de um tipo de saber considerado científico.
Melhor seria, então, resguardar-se o sentido do “sagrado” que ainda não se extinguiu das Artes e das relações entre quem cria e é criado. São esses “nichos” que preservam aqueles elementos que, em essência, são significativos na busca espiritual do homem, baseando-se não apenas na compreensão intelectual, mas sim na sua própria experiência existencial.
Como bem salienta Castoriadis, nos seis volumes das Encruzilhadas do Labirinto, o histórico e o social estão entrelaçados, a manutenção desse vínculo move a cultura e fortalece a nossa capacidade de compreender a dimensão do mundo.
No que, lhe complementa, REZENDE (2004), “Não é possível a história sem a construção do diferente, sem um projeto que nos arranque da passividade e do conformismo, sem a visão elucidativa da conjugação de todos os tempos, sem privilegiar o passado, nem o futuro, mas circulando no tempo mágico do presente, o grande cais onde desembarcamos todas nossa vivência, amigáveis ou não”.

Link para a Tese de conclusão de curso Latu Senso pela Universidade Santa Cecília - Unisanta:
http://www.4shared.com/file/Ph81dFKO/O_Criadorcom_e_a_Criaturaorg.html

RADIO JUBA FMe (Freqüência Musical espiritual)

É certo que o futuro nos reserva a substituição da transmissão analógica pela digital, seja a cabo ou wirelles, enfim a polêmica do momento o quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?
Mais do que um ser passivo telespectador, ouvinte e leitor em uma via única de entretenimento e informação, queremos ser ativo usuário, mostra-nos a crescente penetração das novas tecnologias em nosso cotidiano, breve tendência que se converte em massa critica e relevante.
Os papéis se inverte no cenário comensal, agora são os meios de comunicação que tornam-se passivos, pesquisando uma nova identidade que possibilite agregar e manter a empatia de público, dois imensos degraus a serem conquistados, serão atributos a pretensão de usufruir do antigo modelo de negócio no mercado publicitário.

Atualmente há dois fatores polêmicos, a preservação do direito autoral e compreender o "trade" da pirataria, estes dois fatores permeiam a configuração do que poderá ser o futuro das mídias.
Sobre as questões acima, não tenho a pretensão de julgar o que é bom ou ruim e para quem, apenas observo na questão do direito autoral sobre a claúsula em vigor que orienta a produção artística após 100 anos de licença entrar no "comércio" denominado DOMINIO PÚBLICO. Foi através deste artifício que meios de comunicação a exemplo de um dos maiores canais de entretenimento no mundo, o grupo Walt Disney, obtiveram o reconhecido e competente sucesso empresarial. Um alerta para a produção artística brasileira, estudem datas e quantidades de lançamentos das principais obras literárias no início do século passado, caso permaneça a regra dominio público, teremos muito entretenimento de boa qualidade nos próximos anos.

Nestes tempos quânticos percebemos que a sobrevivência financeira aumenta a velocidade de acordos, somente agora temos acesso as produções do Mazzaropi ou Monteiro Lobato, devido a contemplação dos respectivos herdeiros, vejo com graça a criatividade passiva e mal usufruida, como exemplo dos personagens de Mazzaropi em contraponto com o Jeca Tatu. Mais graça, a banda Legião Urbana agregar em uma de suas músicas a carta cristã, tendo a posteriori o lider da banda desaparecido... quem recebe e o que, por você ou eu ouvir tão bela música e interpretação!

A questão da pirataria, ainda não entendi quem "perde", o governo, o empresário, na graça de viver assisto o sucesso que obteve na bilheteria dos cinemas e futuramente no direito de transmissão que está sendo disputado com lances milionários pelos canais de televisão analógico a produção TROPA DE ELITE, enfim, mais do que aprendizado, estamos ampliando a compreensão do que nos aguarda a mídia do futuro.

Recentemente fui assistir a uma peça de teatro, aguardando apresentação, a platéia assistia em um painel suspenso no meio do palco a exibição de um site on line, outro exemplo, após anos tentando obter a graça de uma gráfica ou editora a publicação de um livro, sem sucesso na empreitada, sem patrocinador, montei meu blog de maneira gratuita, de quebra, na vitrine digital disponibilizo meu farto banco de imagens. Não tenho a menor idéia se esse meio de comunicação me trará algum benefício financeiro, o certo e que minhas idéias estão no ar, no cosmos. Já penso em traduzir minhas peças artísticas, sem custo de intermediário, apenas com softwares livres, no sentido de potencializar minha oferta para outras quantidades comunitárias, só o mandarim é coisa de 1/5 da população da terra.

Mas e a tal Rádio Juba FM, nada mais é do que uma idéia no futuro cenário da comunicação sem a transmissão analógica, proposta de um meio de comunicação usufruindo da tecnologia digital e pós "trauma" dos direitos. A percepção contemporanea me apresenta a circunstância de algumas emissoras mantendo (cada dia com mais custo e trabalho criativo / operacional) recepcionadas muitas pessoas (audiência) na sua programação. Estudo muito o comportamento das pessoas (faz parte do meu trabalho de Hunter Cool) e verifico alguns nuances que alinho com a condição socio-economica do individuo, assim temos: públicos;
Cativo = acomodado + na classe de alto poder aquisito (estabelizado em 2025) e faixa etária madura ( massa da população em 2025).
Neutro = ligado + na classe do marketing de acesso, digo a classe marginal (no que trata consumo capital)
Cyberman e Ciberwomen = crianças / adolescentes e jovens em matéria e espírito.

A Rádio Juba FM está sendo desenhada para o público Ciberhuman, com a tecnologia digital estará montando a programação ao sabor do gosto popular, definindo "popular" locais que poderão ter a audição e exibição permissionada com quantidades de público acima de 5 pessoas... em qualquer parte do planeta.

Modelo de negócio:
1-) Comercialização e montagem de equipamentos e acessórios de software, autofalantes personalizados, fios, etc.
2-) Publicidade, mídia e produção.
3-) Audição ou apresentação de vídeo permissionada, inclusive peças artísticas de clientes do gestor do estabelecimento que terá livre acesso ao roteiro de programação. - Mesmo que seja apenas para som ambiente.

Concernente a questão no sucesso da programação e principal atributo: bom gosto, assunto que não se discute, ainda recordo a dificuldade que tinha em ouvir minhas músicas prediletas atraves dos meios de transmissão analógica isso ainda nas décadas de 70 a 90, para ouvir algo da banda Pink Floyd, eu tinha que adquirir o LP por um alto valor e "piratear" em fitas cassetes aos amigos menos afortunados, ou mesmo ouvir dentro do automóvel.

O Porquinho cantor do JUBA - O teste

Se você ler o resultado antes vai ser influenciado e perderá toda a graça. Pegue uma folha em branco e desenhe um porquinho. Não pode continuar até que... faça o desenho.

“JÁ DESENHOU, TEM CERTEZA?” - Agora vem o interessante... O porquinho serve como um teste de personalidade baseado na pessoa que o desenha.

Se o porquinho foi desenhado:
Na parte superior do papel: Você é positivo e otimista.
No centro: você é realista.
Na parte de baixo: pessimista e com tendência a conduta negativa. ”.

Se está olhando para a esquerda, você acredita em tradição, é amigável e lembra de datas com facilidade aniversários, aniversários de casamento, de namoro, de noivado...

Se está olhando para a direita, você é inovador e ativo mas não tem um forte sentido da família nem dá importância às datas importantes.

Se olha para frente, na sua direção, você é direto, e gosta de ser o advogado do diabo e não tem medo de enfrentar.

Se você colocou muitos detalhes, você é analítico, paciente e desconfiado.

Se não tem muitos detalhes você é emotivo e ingenuo, não é muito metódico e se arrisca muito.”

Se você desenhou menos de 4 patas, você é inseguro, ou está vivendo um período de grandes mudanças na sua vida.

Se você desenhou as 4 patas, você é seguro, e obstinado e você se apega muito aos seus ideais.

Se desenhou mais de 4 patas, você é um idiota.

O tamanho das orelhas, indica como você é bom escutando aos demais. Quanto maiores, melhor...

O comprimento do rabinho indica a QUALIDADE da vida sexual que você está tendo...(outra vez, quanto maior, melhor...)

OK, quem não desenhou o rabinho? E não vale repetir o teste!

Link para o arquivo digital (.PPT)do porquinho trovador fazendo sucesso nos botecos...
http://www.4shared.com/document/XMIhDbcr/Pernil_Trovador.html

Entrevista com Jcnavegador


Olá Júlio, beleza?

Bom, aqui vão as perguntas que gostaria de fazer, a título de Entrevista mesmo. Vamos lá:

1) Júlio, na sua opinião, qual o motivo da Publicidade brasileira não explorar as Revistas em Quadrinhos Marvel e DC como veículo de comunicação?

- A questão é abrangente, HQs da Marvel e DC (que e um desdobramento da Marvel americana) iniciaram sua distribuição de títulos no Brasil através da editora Abril, revolucionando o genêro e conceito de revista em quadrinhos destinado ao público infanto-juvenil e adulto.

As verbas de propaganda no Brasil, em grande parte, são administradas por agências de publicidade, onde, nos seus departamentos de mídia orienta investimentos sustentados pelos controles de tiragem e circulação das revistas (www.ivc.org.br).

Os departamentos de marketing avaliam as sugestões de mídia de suas respectivas agências, aprovando ou não a proposta publicitária. Os investimentos são analisados e ponderados com argumentações nos mais diversos tratamentos, senso cultural da empresa, conceitos e pré-conceitos da direção da empresa podem refletir como resposta negativa, mesmo que a defesa de mídia esteja bem planejada com a indicação do público-alvo da campanha concentrar-se como leitores dos títulos de HQs.

2) Quais seriam os principais anunciantes que poderiam investir nessa mídia?

- Se mantém como princípio básico no planejamento de mídia a orientação de aplicar publicidade em meios de comunicação e respectivo conteúdo que esteja sendo acessado pelo público-alvo da campanha publicitária.

Desta maneira, pegando como exemplo um título de HQs que detenha em seu público leitor, pessoas do sexo masculino, na classe social ABC, na faixa etária de 15 a 25 anos; Todo o anunciante que tenha um produto ou serviço direcionado para este target (público-alvo), deve considerar o destino publicitário com o proposito de potencializar e converter os leitores em consumidores de seus produtos e serviços.

3) Você como profissional de Mídia, em algum momento já cogitou a possibilidade de anunciar nas Revistas Marvel e DC?

- Em minha carreira profissional tenho diversas oportunidades em desenvolver exercícios e proposta de mídia com recomendação a aplicar publicidade na mídia impressa, genêro HQs, em muitas ocasiões argumentando como oportunidade da mensagem atingir ao público-alvo determinado pela campanha através de um meio e formato não explorado pela concorrência, potencializando e facilitando o proposito de converter leitores em consumidores da marca, produto ou serviço.

Como Case; Apresentei a empresa Monark, bicicletas, década de 90 com o lançamento da bicicleta da Xuxa a participação de anúncios na posição de segunda-capa da revista da Xuxa, HQ infantil, editado pela editora Globo, em diversas edições mensais, como condição de negociação com a editora (que não tem nenhuma relação com o licenciamento da marca Xuxa para bicicletas) um reparte de milhares de impressos de cada edição, assim obtive material promocional "subsidiado" que foi distribuidos pela rede de varejo, o material promocional oriundo da sugestão de mídia manteve o mesmo padrão de qualidade e técnica do serviço gráfico, ou seja, em papel couchet com brilho, de maior gramatura, diferente do miolo convencional das revistas HQ´s. Resumindo, a expectativa de produção de 15 mil unidades mensais por um período de 6 a 8 meses foi largamente ultrapassado, atingindo um total em vendas em mais de 300 mil unidades. Ressaltando que os investimentos em publicidade foram concentrados em mídia HQ´s infantil.

4) Do ponto-de-vista editorial, a inclusão de anúncios publicitários prejudicaria o leitor de alguma forma?

Como curiosidade, ilustro meus exercícios de mídia calculando o preço comercial de capa da revista / título, multiplicando pela tiragem da edição em estudo (valor que é financiado pela editora junto a gráfica) e comparo com o custo sugerido para os diversos formatos publicitários na tabela de preços de mídia, verificando a expectativa de faturamento comercial que a editora estima, o percentual de participação da publicidade oscila entre 15% a 30% da receita gerada na circulação do título.

A percepção do leitor em relação ao anúncio está atrelada a pertinência da mensagem e criatividade.

5) E do ponto-de-vista comercial e financeiro, existe a possibilidade dos anúncios ajudarem as editoras a reduzir os custos de produção e, desta forma, investir mais na qualidade ou redução de preço dos títulos?

A gestão da impressão e circulação de mídia impressa - revista, de maneira geral em cenário capitalista, agrega todos os fatores inerentes a produção. A qualidade do conteúdo está relacionado ao talento do artista, um exemplo, o famoso quadro de Gioconda, atualmente tem seu valor agregado a alguns fatores, como ter sido pintado por Leonardo da Vinci, mas a base de sustentação de sua "mídia-obra" é uma simples tela, como a que encontramos em qualquer casa do genêro.

São essas Júlio, algumas você já me respondeu em nossas conversas, mas perguntei novamente pra deixar registrado sua opinião.

Me passa por favor seu nome e sobrenome, além de sua formação pra que eu possa anexar na Entrevista.

Abraços e obrigado!

Quarta-feira eu falo pessoalmente com você. (bruno.genuino@terra.com.br)

Sonhos de Liberdade - setembro77


Fechei atrás de mim a porta do inferno mundo em que vivemos sob o manto da desgraça, construído por uma população funesta. Sem me virar desci degraus de infelicidade até a macia relva de um extenso jardim que explodia em cor a minha frente, atordoado e nú iniciei o passeio exploratório seguindo uma trilha que aos olhos tinha em seu destino um horizonte belo e desconhecido, por todos os cantos somente avistava a perfeição da mãe natureza, estava no paraíso?

Um bem estar se apoderá do meu ser, meu corpo sem pudor estava leve flutuando no curso da brisa, para me controlar neste voo magico imaginei duas grandes asas de penas brancas, e como por encanto brotaram de minhas costas a imaginação, asas e braços se fundiram numa só peça que esforcei para alcançar o alto daquele céu límpido em tons de azul e alaranjado, voei por todos os espaços que encontrava admirando toda a natureza que vivia em paz e harmonia colorido pelas flores silvestres.

Da mais alta montanha que encontrei avistava uma cachoeira sem fim, a queda d’água terminava num vapor de nuvens que terminava numa rega de chuva nos bosques abaixo de onde nascia um riacho que seguia para o horizonte crescendo como um rio onde saltavam peixes coloridos, em instantâneos assistia frondosas árvores desfolhando-se e gerando frutos como uma brincadeira de fazer estações de climas rápidos como o olhar, sempre numa primavera infinita, a cornucópia de abundância e prosperidade se dividia em alimento aos pássaros e animais que ali vivem.

Reinava neste paraíso um sol principesco que mantinha seus raios de luz em todos os cantos, luz-vida, ao saciar-me de toda a beleza daquele mundo senti meu corpo se transformar em energia, irradiando luz pelos poros que sumiam com a irradiação, projectava raios como um arco-íris em tons de amarelo, vermelho, neste momento distinguia apenas o cérebro que permanecia no centro da bola de luz que eu estava me transformando, sentindo-me um gerador esquentava os raios que emitia, ficando mais leve e brincava com a sensibilidade alterando a cor dos raios.

Fiquei brincando comigo mesmo nesta nova forma e deixei-me levar até a cúpula que separava o céu do espaço pontilhado por estrelas e planetas num fundo azul escuro segui em direção as estrelas mais próximas mantendo contato na troca de brilho que entre cortavam-se com meteoritos, formando constelações que cresciam umas as outras.

Em velocidade de tempo inimaginável me preenchi até as barreiras do espaço que terminavam numa cortina de gazes azuis que dançam fumaças brancas até onde podia chegar se avistar, a minha curiosidade foi dirimindo e voltei ao meu paraíso passando novamente pelas estrelas que brilhavam mais e mais pela troca de calor, de volta ao lar descansei no lugar mais alto da montanha e descansei, dormi na paz de espírito e sonhei.

Link para arquivos digital (.PPTx)de imagens na cidade de Fátima - Portugal
http://www.4shared.com/file/MMhUTNcZ/Portugal_Fatima.html

Dia de Rotina - agosto78


Curta-metragem

Acorda preguiça, abra a janela e deixe a luz e o calor iluminar o colorido quarto. É assim desacordado, cabelos emaranhados, rosto amassado me arrasto em direção ao lavatório, bom dia privada vou te mijar, bom dia espelho; - quem é o mais-mais!, bom dia escova, bom dia pasta de dente, bom dia pente; - rapaz, o que você está fazendo com meus cabelos, eles tem que ficar na cabeça!

Escuto longínquo cantar de um galo tardio, o rádio vizinho sonoriza a manhã, estou sozinho em casa de família numerosa e trabalhadeira, devem estar no transito da cidade, dentro de ônibus lotados, engarrafamentos; - será que troco de cueca? Quanto dia está com essa azulada e esganiçada? - Huumm não esta cheirando, agüenta mais um dia.

- Roupas vistam-me! Ué, onde foi que coloquei a garrafinha com a tal fadinha?

O tênis surrado me arrasta em direção a cozinha; - Será que a mana comeu todas minhas torradas?, hã - achei, só duas!, sem sucrilhos, esse borrão de café, tiquinho de leite, a embalagem de manteiga rasgada e nojenta;

- EEEeee Vitinho, você tem que acordar mais cedo. Não melhor e dormir mais tarde e esconder os biscoitos.

Duas frutas sorriem pra mim, meu almoço. Na saleta encontro duas notas de $ 10,00 e um bilhete. Vitinho, Meu querido, estou deixando esse dinheiro pra você comprar pão e leite, se precisar de mais alguma coisa pendure na nossa conta na padaria do Juarez, vou fazer macarronada no jantar, esteja cedo em casa, precisamos conversar sobre suas notas, tem muita cor vermelha no seu boletim! Beijos, Mamãe.

Transformo o bilhete num simpático avião, altos latidos ouço do quintal!

- Aposto como não trocaram a água do César e nem colocaram ração! Já vou César...

Cão alimentado, saio de casa, contragosto, vou até a loja de discos, quem sabe hoje o Geraldo me arruma a vaga de vendedor, é o que digo; - Trabalho não tem troco, mas tem som... Tchau, Cesar! Cuida da casa direitinho, amanhã vou dar um banho em você, ta precisando, não me olha com essa cara.

Sigo a pé em direção a loja, penso na utilidade dos $ 20,00; - Quem sabe hoje a noite eu engato um programa legal com a Rosinha, eita, menina fofa.

- Bom dia Dona Marta, Bom dia seu Gervásio, Bom dia, Bom dia...

Como é engraçado as pessoas, a gente se cumprimenta, oferece o sorriso, mas no fundo somos completamente desconhecidos.

- É ai Geraldo, tudo bem, vendendo muito?
- Bom dia Vidinho, rapaz o que a gente precisa fazer para ganhar dinheiro vendendo esses discos velhos?
- Hora, é só você me contratar, tem jeito eu estagiar e ganhar na só na comissão do que eu vender, enquanto não chega os clientes eu fico tocando aquele violão velho que o senhor coloca na vitrine!

- Ta certo, podemos colocar um cartaz, lançando curso de violão, que você acha! A gente reparte 60% pra loja e 40% para você professor!
- Boa idéia, mas podia ser meio a meio!
- Vamos fazer o seguinte, vamos colocar o cartaz e aguardar o resultado, está bem!
- Ta, 6feira tenho prova na escola, posso programar todas as 4feiras para o curso e vamos ver no que dá!

É foi assim que consegui ensinar 40 e poucos alunos até que um dia um produtor de pequena gravadora, através de uma aluna recebeu minhas letras e uma fita demo, e foi assim que hoje, depois de 20 de carreira com alguns sucessos em rádios e shows pelos bares e teatros de São Paulo pude manter a rotina de acordar a preguiça sem saber que horas são exatamente. Bom dia rotina.

Link para imagens em arquivo digital (PPTx.), referente a tourada ocorrida em Úrros - Mogadouro / Portugal:
http://www.4shared.com/file/BAQX5Cdg/PT_Urros_-_Mogadouro.html

A Flor - junho97

Curta-metragem (sensibilidade semiótica da flor)
Trilha: instrumental estilo New Age

Sinopse:

Camera fixa na parte alta do morro, foco no terreno. Acompanha a germinação de uma flôr (crisantemo), diversas cenas vão ocorrendo ao redor...

Cena 1: Vídeo / Trilha: Ataque
- pelotão de soldados seguem na direção a flôr, subindo a colina um deles deita-se ao lado e começa a atirar. É ferido mortalmente. Passa um dia / noite com chuva, no dia seguinte com sol forte, colegas vem retirar o cadaver que está ao lado da flôr.


Cena 2: Vídeo / Trilha:
- casal de namorados sentam-se ao lado dela e armam um "pic nic", namoram... visual de entardecer e o casal vai embora...


Cena 3: Vídeo / Trilha:
- cena de crianças pedalando suas bikes passam ao lado da flôr, morro abaixo outras crianças passeiam em brincadeiras, um perigo para a flôr, uma pipa cai próxima a ela, um garoto vem pegar sem nada acontecer a flôr.

Cena 4: Vídeo / trilha:
- Uma manada de animais (vacas) passam em volta dela, pastam em retirar a flôr.

Cena 5: Vídeo / trilha:
- Noite iluminada, passa ao seu redor uma matilha de lobos...

Cena 6: Vídeo / trilha:
- Dia nebuloso, passa ao redor uma vibora...

LETREIRO, subindo o texto:

Por mais frágil que seja a vida, é possível vive-la intensamente, mesmo que de maneira passiva, correndo todos os perigos que possa representar.

Viver sem medo, enaltecendo a busca da evolução iniciada na germinação.

Pintinho - agosto95


Ô meu pintinho pequenininho
Ele só pensa em mijar

Ô meu pintinho pequenininho
Quando duro fica cabeçudo

Ô meu pintinho pequenininho
Parece gato, só quer roçar

Ô meu pintinho pequenininho
Tá com vontade de mijar.

Encontro Alarmante - julho78

Curta-metragem

Lindo dia de verão, sol ao pino, no centro urbano da velha e degradante metrópole, encontro-me frente a banca de jornal, quantas manchetes do mesmo assunto, da mesma rotina. Cansado após algumas horas de caminhada, o dia de domingo é mais calmo menos pedestres, menos tudo.Minha programação dominical consistia assistir ao lançamento cinematográfico “Sereias” no antigo cine Marabá instalado na região do meretrício. Entretido na leitura absorto nas capas de revista, recebo inusitado esbarrão no corpo, quase perdendo o equilíbrio do corpo, voltando a me recompor percebo uma pessoa com vestes femininas voltando-se a minha frente, a surpresa me deixa estático, a figura em gesto rápido movimenta sua mãos em direção e segura meus culhones, testículos no sacrossanto, anteriormente adormecidos irradiam dor. Saio do estado de torpor e contrição, retirando delicadamente a mão intencionada no meu tesouro. A excêntrica figura em movimentos bailarinos se posta a minha frente de maneiraem pose fotográfica, aguardando o click e flash, piscava insistentemente.

Meus sentimentos embolavam-se, a raiva franzia sobrancelhas, olhos semicerrados, a dor latejando partes do corpo, plácido fotografo aflorando compaixão assistia a pobre criatura alterando os movimentos acrobáticos descansando a mão esquerda entre as nádegas duras e crespas, mão que segurou em calejados culhones.

- É aííí...Gostosssura, ta afim de curtir uma amizade colorida benzinho!

A cena é terrificante, diante de mim a criatura morena, 1,70 mts.de altura, cabelos castanhos curtos, olhos com prováveis lentes azuis destoando a combinação de trajes sumários em ritmo desarmônico de cores e rústicos acessórios, análoga arvore de natal a piscar luzes ao redor e aquela voz fanha e rouca. Me converti a uma paralítica estatua de intrigas, o que é que estava acontecendo? Quem é essa criatura? É essa dor que não passa, esse filho da puta!

- Amor... A gente pode ir para o meu apartamento, tem uns drinks dá hora, tem erva sê quiser... tem som e principalmente eu... Pámela...

Permaneço mudo, intrigas convertendo em indecisão, Sai naquele domingo ensolarado pra curtir um filme em passeio solitário, agora um convite, uma mudança de planos. Aceitar tão atrativo convite, tinha ervas na parada, uma diversão diferente... Ou avançar para a criatura e esmurrar a dor que se mantinha reticente? Minha intuição gritava:
- Godofredo! (Na voz de minha mãe), não ande com estranhos, estranhos tem sempre duas intenções.

Respirei fundo, discernindo:
- Pámela, é esse seu nome... De guerra!, bem ouça, eu vim lá do subúrbio para assistir um filme, e é o que vou fazer a sessão começa daqui a meia hora, caso você queira esperar poderemos fazer o tal programinha colorido.
- Sê é assim que você quer meu chuchu, meu ponto é aqui mesmo onde você está, $ 25,00 pratas, sem chupada!... Mas, como estou muito a fim de você e garantir sua volta, vou te entregar metade desta nota de $50,00... Vou te pagar a outra metade no final de nosso encontro.

Com a metade da nota de $50,00, dei meia volta em direção ao cine Marabá. Fui a passos rápidos e pensando o que fazer, me vingo daquela criatura jogando fora o pedaço de papel moeda e volto para casa, ou quem sabe, o que pode rolar, considerando esportivamente a diversão com a pitoresca criatura. Uma situação de cada vez, fui me entreter com o filme, depois resolvo.

Três horas mais tarde, sigo em direção ao terminal de ônibus, de passagem pela famigerada banca de jornal, lá está a criatura Pámela, não tem como perceber o distúrbio avesso ao cenário que apresentava o entardecer.

- Oi meu chuchu, gosto do filme?
- Desencana!
- Então vamos lá para o meu apê, quero te explicar direitinho como é uma amizade colorida com a senhorita Pámela! Olhai aqui a outra parte do dim-dim...
- Ta certo, mas vai ser uma rapidinha, minha mãe ta me esperando pra jantar.
- Cruzes, vamos indo, já to ficando molhadinha, você é um chuchu dus bão, deu pra sentir a substância.

Segui procurando certa distancia, na quadra seguinte de prédios desolados, entramos por estreita porta e comprido corredor até o elevador.

- Moro aqui no 8ª andar, aqui chamamos cada andar pela cor, eu sou da equipe vermelha, num é chiquerrímo!

Abre se as grades do velho elevador liberando a passagem para um antro onde referenciava a equipe vermelha, tudo em tons vermelhos, sujos e poerentos com diversos quartos sem portas dividindo o andar, pasmo entrei no que contei ser a terceira abertura, o que pude entender como sala ou quarto a decoração tinha haver tudo haver com a peça rara, enormes cartazes de galãs de cinema e televisão, muitas fotos penduradas sem esquadro de homens nus, tinha até a de um famoso jogador de futebol sentado encima da bola com o penduricalho exposto ereto.

- Interessante sua decoração Pámela, mas puxa vida, como vou conseguir tesão com essa parafernália a minha volta!
- Benzinho, você disse que tem que ser rapidinho, então se concentre e me deixe ver essa belezinha que você guarda na cueca!

Pámela seguiu em direção a desarrumada cama retirando as vestes e jogando pelos lados, em pé na cama, completamente nua de costas pra mim, se acocora.
- Vem meu benzinho, me arregaça!

Novamente fico paralisado diante da cena, enquanto ela passava lentamente vaselina entre as dobras rústicas.

- Olha acho que assim num vai dar, preciso me esquentar, entende!

Desta vez eu consegui admirar o rosto da criatura com zanga, virando-se de frente para mim, eu quase desmaiei. Pámela é um travesti, é tem o pinto até maior que o meu.
- Seu merda, sê não colocar sua maquina pra funcionar, você vai e sentir a minha na sua bunda, quer a outra metade dos cinquentinha ou não?

Reagi nos segundos seguintes, joguei a metade do dinheiro encima dela e corri em desabalada carreira pelas escadas gritando:
- Tenho sífilis, tenho gonorréia, sai da frente...
- Tenho sífilis, tenho gonorréia, saaaííí jacaré...

Fora de Frequëncia - setembro96

Sinopse
Gênero: Comedia

Antenor, Trinta anos de experiência e rotina como em serviço técnico em manutenção de aparelhos telecomunicações e elétrica. Restando 30 dias para suas férias, sonhando com as férias junto a família em pitoresco recanto, ajustando comemorativamente a centésima antenas parabólica no telhado de um velho sobrado.

Fortes ventos prenunciam tempestade, um raio luminoso rasga o nebuloso céu descobrindo uma estranha nave, que também emite estranho raio avermelhado atingindo completamente o corpo do Antenor que cai desacordado por horas entre as velhas telhas agora estranhamente chamuscadas.

Socorrido, dias depois acorda no leito do hospital e pouco a pouco recobra a consciência, estranhas situações ocorrem a sua volta, descobrindo a causa em si, as mudanças em seu metabolismo, as alterações de temperatura e pressão sanguinea no seu corpo desenvolve estranhos fenômenos de teleportação do corpo sem controle consciente.

Love´s Colors - Julho96

Ensaio

No reino Branco, há campos extensos de vaidosas texturas e relevos convivendo de maneira harmônica. O limite deste reino, margeado por colinas de cristal, desponta entre o serrado cristalino, vertiginosa montanha multifacetada, lapidada, com tal semelhança compara-se, a generosa beleza de um diamante.

O dia se faz na presença do rei Sol, ao despontar seus primeiros e potentes raios são desferidos no cume de beleza impar da montanha, ao sabor no movimento do rei responde em reflexos multicoloridos por todo o reino gerando vida nas formas e curvas dos relevos e texturas de natural beleza.

Primárias cores em amarelo, vermelho e azul ao longo do dia amadureciam em galanteios e romances gerando novas cores secundárias, terciárias, em eterna renovação.

A Natureza em chuvas e ventos periódicos ciscavam e poliam o brilho naquele reino.

No momento de sua alteza solar descansar, surgia a rainha Lua, de característica e governo próprio, diferente ao poder do rei, em seus desígnios limita-se a refletir as ordens do seu senhor.

A Lua, ao refletir a luz do rei acrescentava magia aos súditos transformando-os em cinzas e sombras onde acolhem-se as matizes de cores aguardando ansiosas o retorno do astro.

Entre séculos e milênios o rei sofreu alterações caloríficas no seu âmago, causando tempestivo relacionamento com o elemento liquido e ar originando, águas furiosas e ventos raivosos, estes pouco a pouco foram invadindo grandes áreas do reino Branco.

Imensas massas de nuvens enegrecidas reduziam drasticamente a potência solar e assim por conseqüência adoecendo todos os súditos outrora formosas cores cristalinas.

Sábia é a natureza cósmica, nos tempos contemporâneos, o compadecimento reinante a invasão das nuvens fortalecida pela cegueira das sombras, mal interpretava que as suas costas estratosféricas os raios chicoteavam energias nos revoltados elementos, após insistente claridade desfizeram os interesses orgulhosos e assim foi possível vitoriosos raios iluminarem seus súditos.

A história se faz, e assim é nos dias de hoje no reino Branco a convivência com o negro que experimentado apresenta e realça a beleza em contornos e sombras participando deste paraíso. Alguns súditos matizes da vida com mais negro, os moderados, outros com menos, mas, o mais importante todos com a luz do rei sol e magia da rainha lua.

Dádiva - Junho.91

Documentário:
Trilha: instrumental estilo New Age

Cena 1: Vídeo / Trilha:

Posição de câmera; tomada aérea simulando vôo, manhã ensolarada sob área rural, horizonte avista-se a cidade, ritmo médio – acelerado, na medida que enquadra espaçosa residência em direção a janela aberta esvoaçando delicada cortina.

Cena 2: Vídeo / Trilha:

Cenário; Quarto do casal, câmera passeia no seu interior em detalhe, giro de 360ª , inicia na janela, movimento da cortina, sentido relógio, registrando mobília e acessórios, giro 180ª, plano americano, homem andar nervoso em direção a cama.
Corte: Vídeo / Trilha: câmera em tomada “olhos do homem”, zoom na cama, sentido dos pés a cabeça da mulher deitada, grávida, expressão assustada, gritos, está em serviço de parto, parteira agitada.

Corte: Vídeo / Trilha: câmera em tomada “olhos da mulher”, enquadra janela, zoom, forte luz aproximando em direção a mulher.

Cena 3: Vídeo / Trilha:

Continuação da Cena 2, ritmo acelerado, câmara em vôo entra pela janela em direção a mulher, fazendo curva, sai do quarto em linha reta transpassa paredes em direção a cozinha, transpassa a janela em direção aos fundos do imóvel onde há frondosa àrvore, em sua direção há um ninho com sábia, chocando, zomm até a casca de um ovo.

Corte: Vídeo; na posição ninho na posição do céu, explosão cintilante em fundo céu e copa da àrvore / Áudio: Grito da mulher, longo e choroso.

Cena 4:

Vídeo, volta ao cenário do quarto, plano americano, casal chora, entre o bebê morto, zoom em direção e detalhe das lágrimas. Áudio: choro do casal, trilha – som aumentando lentamente.

Cena 5: Vídeo / Trilha

Cenário; ninho, plano americano, ave cuidando do único filhote que nasceu, limpando a cria, ovos e cascas caindo no chão.

Diversos cortes, fases de crescimento, cenário em fundo a vista da casa.

Cena 6: Vídeo,

Cenário; alto de um poste de eletrificação, pousa o sábia filhote. Áudio: o piar do filhote e som ambiente gradativamente aumentando.

Corte: câmera na posição olhos do filhote, giro 360ª, plano geral.
Áudio / trilha e locução:

- Nossa, que bonito! Mãe...mamãe...mamãe...

Corte: câmara simula movimentos do filhote, enquadra / posição alto do poste a porta da frente da casa sendo aberta e o casal saindo para trabalhar, zoom, segue o casal em direção ao carro.

Áudio: som ambiente, pios. / locução:

- manhê, mmmmãããaeeee, MÃE...

Corte: Plano americano, posição da câmera, “olhos do casal” filhote pousa na capota do carro.

Locução mulher:
- Olhe, querido, que lindo passarinho, acho que ele quer ir com a gente.

Locução homem:
- Bonito sim, é um sábia, deve ser do ninho que está no quintal, de certa maneira, creio que faça parte de nossa família. Bem, estamos atrasados, deixo você na biblioteca, te pego as 17h00. A missa de um ano do nosso filhote está marcada para as 18h00.

Locução mulher:
- Ei, pequenino, você está convidado, sua companhia, aqui em casa nos traz muita alegria. Sabe. Acho que vou chama-lo de Silvinho, era esse o nome que eu daria ao meu filhote.

Corte: Plano americano, posição da câmera, “olhos do filhote”, acompanha a entrada do casal no carro, movimento pula até a cerca próxima acompanha e segue a saída do carro em direção ao final da rua.

Áudio; som ambiente, trilha gradativamente aumentando / locução:
- Mamãe... que aconteceu comigo...

Cenas 7 a 10 / Trilha:

Diversos registros, outros casais, pai e filho, mãe e filho, em diversas fases de crescimento, cenas do cotidiano, amamentando, trocando fralda, comida na boca, levando na escola, apagando velas de aniversário.

Últimas cenas escurecendo, volta o brilho, câmera enquadrando no ninho vazio, em zoom.