quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bodêga - julho.91

Sinopse: seriado
Gênero: Comedia

Casal de estudantes universitários em férias, visitam lugarejo interiorano, onde se localiza a fazenda dos país do Renato após longo período afastado pelos estudos. Seu tio convida a conhecerem a região e os sítios, breve herança a ser administrada.

O único meio de transporte da região é a Transflash, sistema de transporte municipal administrado pelo poder local, família rival, geradora de conflitos e interesses a comunidade local. O casal encontra discrepâncias no convívio social e comunitário, refletindo e comparando situações ao modelo social e urbano da metrópole onde residem desde a infância.

Exemplo, no cenário rústico e humilde, nas roupas simples da população, todos vestem um vistoso e único modelo de tênis de última geração tecnológica (parece merchandising... e é), exceto o casal urbano, todos personagens deste lugarejo personifica e arremete algum cartoon ( Mrs. Magôo, Pepe Legal, etc.)

Alguns personagens:

Professor Aroldo; Jovem negro, comporta-se como um mecanizado robô.

Jijo; Garoto (cartoon Kelvin), traz consigo dois pratos musical, ao bater próximo a pessoa a mantém paralisada por alguns momentos.

Andaluz; Rapaz alto e magricela, inteligente de fala incompreensível, tem como tradutor um papagaio que o apresenta e explica sua situação, ter sido largado naquele local por um OVNI.

Antonio e José; Irmãos gêmeos, cada qual com deficiência física, Antonio - epilético e surdo, José - Gago, sem o braço esquerdo e manco da perna direita. Sempre juntos, vivem de dos serviços rurais na região.

Caridoso; Corcunda, capataz na fazenda do tio de Renato, cuida de todos os serviços, ordenha, colheita, etc.

Almôndega; Tio do Renato, fausto e opulento senhor, em permanente campanha eleitoral, seu sonho e trabalhar na prefeitura, independente da situação financeira, distribui folheto e candidatando-se a qualquer vaga municipal.

Cabo Bringela; Mulato responsável pela segurança pública, seu local de trabalho é na único bar que também é proprietário, tem uma anomalia nos olhos, mantendo aberto apenas um, em rodízio, usa um tapa olho que troca de posição a vez do olho que se fecha.

Delegada Conceição; Senhora gorda e extrovertida, sonha e persegue o Tio Almôndega para realizar seu sonho de casamento.

Enéias; O barbeiro da cidade, careca colecionador de perucas, oferece serviços de unisex de higiene, em períodos de lua cheia transparece a parte feminina.

Ligeirinho; Trabalha nos serviços de correio, pessoa de fala mansa, devagar, age constantemente lento.

Dado e Binho; Donos da mercearia, imigrantes, Dado alemão gago e fanhoso, Binho italiano tímido cuida secretamente do prostíbulo nos fundos da mercearia (de velhas e gordas) a fachada é um asilo. Dado e Binho são irmão de mesma mãe.

Renato; Protagonista, estudante tercianista em arquitetura

Ana Claudia; Namorada do Renato.

Passado sem Fim - agosto.75

Está história foi um sonho pitoresco, que registro em minhas lembranças.

... Encontro-me recostado à uma grande àrvore, na busca de seus frutos, enquanto me desfruto cuspindo caroços ao sabor do vento, contemplava a cidade distante calculo uns cinco quilômetros de onde me encontrava.

Trepado no mais alto galho suportando um peso de oitenta quilos, sinto o frio silêncio do vento, a sombra me protege do sol e ilumina a região na florêncencia da primavera. Refletia pensamentos, avistando o mosaico de prédios rústicos de natureza e sua estrutura de estranha harmonia acida, de sua gente que não têm tempo de conversar, olhar e sentir a causa de seus medos, cada um pensando no seu umbigo, no seu dia-dia, que futuro?

Fiquei naquela posição pôr várias horas, até que pôr encanto tudo começou a ruir, a se desintegrar, todas as coisas que faziam parte do cenário da cidade transformando-se em pó diante de meus olhos, num profundo silêncio. Todas as pessoas que estavam lá todas as coisas se transformaram em montanhas de pó em poucos minutos, meus pensamentos criavam perguntas e respostas para o passado daquelas vidas, o fim de suas histórias.

Do horizonte aproximava-se uma gigantesca montanha formada como uma esteira de grama que cobria todo aquele pó cinza das ruínas, enquanto a grama se acomodava pela terra encobrindo o que poderia ser o futuro, foram pipocando arvores, plantas, arbustos e flores de várias espécies, numa seqüência alucinante cresciam a minha frente abrindo-se em folhas e frutos, uma brisa trazia o perfume de vida nova, o cheiro da floresta me provocou a descer ao gramado para um reconhecimento ao paraíso instantâneo e caminhei até o pé de um morro onde pude avistar diversas pessoas, homens, mulheres e crianças, vestidos de forma simples com camisetas brancas, descalços, sem nenhum outro acessório que não seja a camiseta, calças e saias, sem exigências que a cidade impunha aos seus moradores, animais de diversas espécies convivendo de forma harmoniosa e mansos aos humanos, muitos deles desconhecidos que não vi nem em fotos de arquivos e revistas nas lembranças do meu pensamento.

Passei o que parecia longas horas admirando aquele cenário, quando a fome me alertou o estômago, fazendo-me detalhar os frutos que estavam em volta, entravam pensamentos para utiliza-los com sabedoria para eleger a eternidade que brotava de nossos pés, o mesmo alimento que é dividido com os animais e pássaros que piam pôr todos os cantos, legumes que brotavam de forma silvestre entre os arbustos que eu conseguia distinguir.

Enquanto eu apetecia aqueles frutos meus pensamentos voltavam-se para toda aquela gente que buscava se achar naquele imenso bosque, e destes aqueles que acostumaram-se a comer carne será que suportariam aquele estado vegetativo, teriam coragem de matar os animais que estavam ao seu redor para satisfazer seus caprichos.

O tempo continuou em semanas, sozinho eu contava o tempo pelo sol e estações de clima, caminhando sem rumo pelas trilhas sem fim, sem passado, sem futuro, até contornar um rochedo onde encontrei quatro garotas que reconheci no período em que vivia na cidade, estavam se refrescando numa pequena cachoeira, brincavam como meninas inconseqüentes do belo corpo nu que mergulhava nas quentes águas do riacho, propiciando um convidativo convívio que passei a ter numa vida incomum, num bosque incomum.

Deste grupo se destacava uma morena de cabelos lisos e longos com grandes olhos verdes, de porte garboso, seu nome Lena, simbila como música de seus carnudos lábios, sentia forte emoção, entendiam-nos perfeitamente antes e depois do episódio das ruínas. Como se já a conhecesse de muitos e muitos milênios...

Naquela noite em volta de uma fogueira próxima ao riacho conversávamos a idéia de buscar um lugar para se fixar e parar de zanzar pelo imenso jardim, e assim na manhã seguinte seguimos uma trilha no sentido norte a posição do sol, ainda desconhecida em busca de um lugar que pudessemos denominar como lar.

Surpresa atrás de surpresa de uma floresta exuberante, já aproximava-se o horário do sol a pino, deparamos com três colegas de minha época escolar da cidade devastada, enquanto almoçavamos todos juntos a sombra de uma imensa, o que parece com jacaqueiras perfumadas, iniciamos votação para seguirmos todos juntos na busca de um lugar para se instalar.

No final da tarde paramos para descansar, o percusso, na ingreme subida da montanha paramos para apreciar a paisagem que se avistava ao longe, o reflexo de uma imensa praia onde enormes ondas desmanchavam-se em doces caricias na areia dourada, no mar azul avistava bandos de golfinhos, na vista a encosta da montanha encontramos uma caverna e próximo escorria uma cachoeira, desaguando em uma enorme bacia natural fazendo-se de quintal para um cenário maravilhoso, àguas do plâto pricipitavam-se para o mar. A cada passo que alcançávamos aquele local nossos olhos se enchiam de lágrimas como dizendo que aquilo tudo era um lar. Ficamos vários dias investigando e descobrindo todas as facetas daquele lugar, mal saibamos que estávamos desenvolvendo raízes num pedaço de chão que denominamos de lar.

Mais e mais tempo foi passando, a minha relação com a Lena gerou um filho que chama-mos de Talhe, nossos amigos, formaram novos casais, que com o tempo resolveram partir para um novo lugar e constituirem suas famílias. No sopé da montanha onde vivíamos surgiu com o tempo e a chegada de novas pessoas uma aldeia que se configurou, lembrança e percepção na civilização Inca, todas as pessoas com quem conversávamos tinham resquícios de lembranças no passado daquela cidade que assisti sendo enterrada e demonstravam não gerar os erros das vidas anteriores, procurando viver numa civilização reestruturada pela experiência de compartilhar os acertos numa comunhão natural de vida eterna sem receios, sem vícios, sem doenças.

Meu sonho terminava num belo pôr do sol, passeando pelas ruas da comunidade junto com Lena e Talhe que ensaiava seus primeiros passos, encontramos dois anciões descansando na soleira de uma casa de pedra, onde conversavam.

- ... Um homem conhece várias formas de corromper-se, mas somente na velhice de sua morte, fica ciente do que fez sem beneficiar-se dos prazeres feitos sem obrigação. Deus retira-lhe tudo, devolvendo-o a natureza humilde. Se houver tristeza, essa será apenas o espaço entre as alegrias.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

TEMPO INOCENTE - NOV.75



Após extensiva comemoração ao tri-campeonato de futebol da seleção brasileira, trazendo ares de vitória aos patrícios, renovando esperanças de nova política, foi neste cenário que iniciei estudos na série ginasial.

Início de ano escolar, 1ª dia de aula, pleno em juventude bestial a encontrar-se com paredes sociais e intolerantes em todo meu ser bagunceiro.

Nesse primeiro dia com natural curiosidade em nova escola, novos professores, novos rostos. O sangue nervoso com a novidade de classe mista, meninos e meninas ingênuas, recém saídas de uma escola de freiras, ansiosos em novas amizades, adentrou em classe, êxtase, entreolhares, risos e chacota, reconhecimento dos territórios.

Sentei na 1ª fila, carteiras duplas, ao meu lado estava uma flor de pernas, uma linda loira de olhos verdes, um rosto de rubi de tão bela a princesa, sonhei.Um lindo sorriso se abriu no rosto encantador, enfeitiçado, sorriso maroto rapidamente fortaleceu companheira amizade, o perfume daquela menina me encantava.

Juventude bestial comandava meu corpo, nos primeiros dias e meses que se seguiram à amizade crescendo e se aflorando um compromisso, exageradamente já não conseguia respirar sem ela, seu tudo. O primeiro amor sem coragem de se declarar, o medo de ser rejeitado, o receio me sufocava, a procura de coragem de expor minha paixão em palavras, o que meus olhos e corpo já se manifestava diante do ser amado.

Tarde ensolarada caminhando em direção a escola, esgotado pela manhã de trabalho, ao meu lado a princesa, desde o dia que nos conhecemos, descobri que ela morava próxima a minha residência, nessas coincidências da vida, fez dos meus dias à vontade de ir e voltar em sua companhia. Conversando assuntos do cotidiano foi quando o cordão do seu sapato se desamarrou próximo de uma escadaria em ladeira que separava as ruas do alto e baixo do bairro, tomei a imediata providência de acudi-la a sua segurança evitando tropeço, agachei como um servo para amarrar-lhe os cordões sem pressa, meus olhos iniciaram uma excursão a beleza das pernas abria-se o vestido uniforme, meu coração começou a bater mais forte, vorazmente, sem pensar peguei suavemente no seu tornozelo, subindo a mão até os joelhos, me pondo de pé prontamente, coração explodindo, encarei aqueles olhos que nada me reprimiam e devagar tremendo beijei-lhe, beijo molhado que encontrou os lábios de quem me ensinou a beijar.

Naquele beijo nasceu um romance que se comemorou em quatro meses onde conheci o primeiro amor. No final do ano após os exames, férias, e tudo acabou pôr encanto, aquela garota que tanto amei desapareceu num encantado mistério, aprovada na escola todos seus familiares mudaram de residência, sem recados, sem maneira do paradeiro, rumo desconhecido, sem ela saber levou meu coração, nunca mais os encontrei.

Vida Corrente - maio.97


Sinopse / novela midiúnica

Três protagonistas. Ana Clara, Marcos César, Rui Porto, convivem experimentações ao longo de três épocas, reencarnações, cada qual com leques de sentimentos , cada qual com elos formando uma corrente de relacionamentos e aventuras.

1ª Fase – Capítulos 01 a 66
Portugal, Lisboa – 1495. Maria Augusta (Ana) casada com Jose Antonio(Marcos), casal de agricultores recém chegados a cidade, filho de 10 anos (Rui) encontram dificuldades em moradia e sobrevivência na cidade. Jose aceita proposta de converter-se em marinho em uma das caravelas da esquadra formada pelo capitão Cabral. A inevitável separação gera angustias e sofrimentos na ausência do marido, Maria sujeita-se a prostituição para obter alimento ao filho. Jose, em terras inexploradas se encanta-se com a cultura indígena, enamora-se de Pina, filha do cacique Guarani e resolve aceitar com outros marinhos até a próxima viagem de retorno a Portugal.

O retorno a pátria acontece dois anos depois, deixando Pina com filho recém nascido. Na chegada não localiza Maria, empreende desesperada busca, após meses no paradeiro da família, amargurado, encontra a esposa morando na cidade do Porto. Violento confronto e gerado com o atual companheiro de Maria, um rico estalajadeiro que cuidou e ofereceu educação ao filho que ora, odeia o pai pelo abandono sofrido. Jose morre na briga pelas mãos do filho. Em espírito recebe orientação na morada celestial e volta em muitos momentos para assistir a ex-esposa e seu filho buscando contribuir com os conflitos existenciais. Experimenta também perdão pelos seus atos junto a Pina em seus sonhos.

2ª Fase – Capítulos 67 a 123
Japão, Hiroshima – 1945. Issy (Ana) e Kan (Rui), agora na situação de irmão de família de pescadores. Conhece Uryai (Marcos), enamoram-se, A família de Issy não aceita o relacionamento com conhecimento das vicitudes de Uryai. Novo conflito Uryai mata Kan. Em desespero e angustia Issy rompe o relacionamento e suicida-se. Dias depois a bomba atômica acaba com a cidade e com a vida de Uryai.

Vinte episódios finais desta fase, os três protagonistas e seus mestres buscam harmonizar e empreender nova reencarnação.

3ª Fase – Capítulos 124 a 180
Brasil, Rio de Janeiro – atual. Ana está em preparativos de noivado com Rui, mas antigo namoro com Marcos há faz desistir do casamento no altar, fugindo com Marcos para Salvador. O casal apaixonado encontra relativa paz com dois filhos no período de 5 anos. A Chegada de Rui, como rico empresário instalando nova fabrica e programando nova moradia encontra Ana com as crianças em passeio pelo praia, reacende a paixão, desfigurando Ana no eterno dilema de amor entre os dois homens.

Lost Dog - Junho.95

Lion, nasceu em 23 abril de 1994.

Você entrou em nossas vidas,
Despertando sentimentos,
Convite ingresso,
Compaixão.

Coragem sem licença.

Olhar, inocente instinto,
Irmão do meu filho,
Códigos a traduzir,
Latidos, Compreensão.

Estamos com saudades.