quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sentimento torre



Em vida encontrei muitos castelos,
Muitos penteados,
Natureza altiva - corações solitários,
Em torres na direção da luz,
Túneis ocos,
Sem remendo - buracos,
Janela e porta - entrada e saída... ambos,
Encruzilhada invisível - divisível / amálgama de sentimentos.

Ao sabor do vento - da luz energia,
Viés do ser - viés da vida,
Em vida - eu torre / janela,
Na direção ao nascente - leste estrela,
Sol de amor e ódio / em movimento - intensa intenção a brisa,
No tempo espaço recebo brilho e reflexo, minha amada lua.

Maneiras de amar / sabores de mares ao vento / em diversas direções,
Alma aprisionada em temperaturas - experiências coroando corações,
Sentimentos ambíguos em porções e expedições,
Ilumina a vida em reflexos das ilusões.

Muitos não assistem o nascer de um dia,
A quente sensação do sol é um bem.
Assistidos a penumbra do luar - aquecem desejos,
Não recebem o calor amor.

Com Sensual - dezembro.96

AAAhhh...,... como é bom, e gostoso, poder admirar uma garota bonita, linda, mesmo que desconhecida, a gente apreciando o belo. De longe com meus olhos fico investigando aquele corpo desfilando despretensiosamente pela calçada, e a vista correndo solta compondo uma harmoniosa música, sentindo um bouquet perfumado, colocando cores na arte de uma tela viva de bumbum arrebitado, peitinhos duros com seus bicos em direção ao céu...fazendo a gente lembrar e se alegrar de ter um pênis.

Os cabelos morenos e longos dançando livres pêlos ombros tão bem torneados seguindo a engenharia de suas pernas e coxas, arquitetando uma fome de não sei o que no meu estômago proporcionado pela pele também morena de um verão que expõe a vida de uma flôr.

A imaginação da gente começa a criar delírios para aberçar toda aquela escultura feminina, liberando o libido que corre feito sangue, acordando o pênis adormecido, fazendo explodir um extremo gozo de prazer.

AAAhhh...,... como e delicioso oferecer serviço ao nosso poder de criar e explodir em gozo a felicidade de apreciar uma imagem tão sublime.

Big Black

Localizado na Africa meridional, um homem negro pesando 120 kg., com 1,90 m., com o maior membro enfálico até então registrado. O pênis pesa aproximadamente 12 kg., em estado de dormencia, com o tamanho de um braço de um menino de 9 anos.

Este ser humano vive numa aldeia da tribo dos oriundis e ganha a vida como assistente social utilizando o próprio membro para escavações de valetas d’agua, com duas auxiliares para darem o apoio emocional, elas utilizam pequenas penas de aves da região para provocar a ferramenta de trabalho que fica protegida com uma “camisinha” confeccionada com couro de zebra.

A nossa reporter de campo entrevistou este especime raro que tem o nome de Rais te Vahl, que apesar da vantagem é virgem, as mulheres da região tem medo (com razão), encontrando até o momento para desafogo de sua solidão uma Aia (Elefante-femea), que ele carinhosamente apelidou de Pitchupi.

- Como que o senhor faz para passear com sua “bigorna”?

- Eu talvez seja o único que utiliza gravata com dois nós, amarrando nos dois pescoços.

- Com essa onda das mulheres estarem decepando as “pencas”, o que acha?

- Procuro me cuidar, estou utilizando um aro de metal na base do “Junior”, que meu tio fez com um latão que estava encostado no quintal.

- Consultei algumas afortunadas que tentaram aliviar a sua tensão e me falarão que a cabeça quando dura tem o tamanho de uma bola de futebol?

- Você não viu nada, uma delas se empolgou e conseguiu tirar o leite, mas na posição que tava a ejaculação subiu muito alto. Hoje comemora-se no dia 20 de fevereiro de todo o ano a chuva do leite aqui na aldeia.

INSÍPIDO: JAN.78 / 2007




1- QUE NÃO TEM GOSTO; DESTITUÍDO DE QUALQUER SABOR OU QUE O TEM INSUFICIENTEMENTE.

2- DESPROVIDO DE INTERESSE, DE ATRATIVOS, SEM GRAÇA, MONÓTONO.

Dias de circunstância vida, quântico desdobramento de espaço, na veloz e colorida luz.

Não satisfaz alegria desconhecer a tristeza, Na sombra de árvore sem folhas, sem frutos, como acalentar sementes do pensamento, ronda instigaste destino de curiosidade coletiva.

A sombra de galhos e troncos converte realidade em pó de traças, rasgo negro, traço cinza, sem perfume, sem flor.


Neste contexto, com liberdade e amor sentimento incondicional, desenvolve uma personalidade verde viver.

A verdade do mundo escrita no silêncio dos imundos, tratando de ser, o ser que bordeja insípida maneira de sinalizar o que é vida sem aventura.

Viver com liberdade e viver com a emoção, coração pulsa energia, livre da ignorância, que acerca a ilusão em prender o gênio em gaiola de estupidez, retarda a evolução, em seco progresso de um cadáver a balançar dependurado no arído cenário.

Duplo Rapto - janeiro.95

Sinopse

Tiago, investigador da policia federal brasileira, aposentado, convive com duas jovens em pacifico triangulo amoroso. Residem em cidade litoranea. Erica, americana, arquiteta filha do embaixador adido no Brasil, sua colega e amante Angeline, maestra, oriunda de colônia francesa na África, conheceram-se nos estudos em faculdade londrina. Engravidam simultaneamente do Tiago. Feliz comunhão, até o momento do parto.

No Hospital, chefiado por organizada equipe atuante no trafico de bebês, provoca acidentes, levando quase a morte os protagonistas, desaparecem com os bebês já encomendados por casais na Itália e Canadá.

Tiago, após recuperar-se, desbarata quadrilha que eliminou seu ex-parceiro que havia iniciado investigação e segue para as pistas no resgate de seus filhos.

O NASCIMENTO DE UM MIRAGE



Daniel, rapaz sonhador que vivia em pensamentos de voo imaginário sobre o pais da realidade, sonhava ser músico, como tantos aos dezoito anos enxergava em Jimi Hendrix e sua guitarra a sua maneira de ser, imitando em gestos tresloucados na sua guitarra imaginária um solo musical da vida.

A aventura acontece em uma visita que semanalmente fazia na casa de um amigo cientista, tão louco de ideias quanto, os dois se entendiam na troca de experiências que faziam da vida, o amigo cientista vivia nos fundos de uma casa, num quarto repleto de prateleiras cobertas com frascos cheios de conservas de ratos, cobras, sapos e lagartos que colecionava nos seus estudos científicos, tendo espaço para um gradil repleto de ratos brancos que criava e tira seu sustento na venda para laboratórios, seu nome era John, filho de um americano erradicado no Brasil.

Era uma tarde quente quando Daniel chegou encontrando o amigo festejando sozinho a descoberta de um novo combustível, a espiritualidade de Daniel de participar da festa achou que era uma bebida em que ele misturou com uma Coca-cola que trazia na mão, seguiu-se uma explosão que fez os ratos escaparem da jaula espalhando-se pelo quintal, os dois desmaiaram pôr minutos até que no meio da fumaça os dois saíram do quarto tossindo as tripas.

Já fora da fumaceira, levaram um susto, cada um se estranhava, passaram pôr mudanças que aumentaram seus corpos, os cabelos mais compridos, a pele repuxada de quem toma acido lisérgico todo dia.

Com o barulho apareceu Dna. Margareth, mãe de Jonh, que assustada entrou em pânico quando viu aqueles dois sujeitos a sua frente, muito tempo se levou para tentar explicar o ocorrido, nos dias seguintes foram a diversos médicos para fazer exames e testes de laboratório para tentar descobrir as causas e conseqüências das alterações proporcionadas ao corpo.

Daniel deveria estar pensando na sua vontade de ser guitarrista quando ocorreu a explosão, pois não pensava em outra assunto, arrumou dividas para conseguir uma guitarra que até então só avistava em fotos e na TV, montou a aparelhagem em casa e tocava diversos ritmos como um mestre sem nunca ter cursado nenhuma aula de música, fez a cabeça de seu novo amigo Jonh, ainda assustado com tudo, promovendo-o a baterista do seu conjunto musical, mais susto pela frente para quem gostava de alquimia no momento que sentou na bateria começou a dar um solo de arrepiar. Seguiram-se os dias e Daniel foi conquistando outros amigos para a tão sonhada banda musical.

Joca era o terceiro componente, tocava teclados numa boate clandestina, alto de cabelos loiros escorridos até os ombros moldava um rosto ovalado que se abria em sorriso diante de um piano, Mara uma garota ruiva e baixinha tinha terminado suas aulas de canto e tinha conhecimento de instrumentos de corda. Todos estavam reunidos na garagem do pai de Joca para os primeiros ensaios, foram meses de preparação, elaboração de músicas , e criação de ideias para adquirir todos os equipamentos para a primeira apresentação que sonhavam em fazer . O nome do conjunto de comum acordo foi batizado como Mirage.

O barulho que provocavam nos ensaios atiçou a curiosidade dos vizinhos que a cada semana foi lotando os espaços da garagem, do quintal, da rua, até chegar aos ouvidos de um empresário que se dispôs a ajuda-los a conquistarem convites de shows.

Dois anos após a explosão, o Mirage já era um sucesso de público e critica, discos de ouro pendurados nas paredes do escritório, o grupo vivia uma fantasia que terminou em uma tornée pêlos Estados Unidos. Numa noite chuvosa entre relâmpagos a dupla da explosão voltou ao seu estado orgânico de origem e com a mesma memória, não sabiam o que havia ocorrido assustados em volta daqueles equipamentos eletrônicos, seus companheiros alheios a ocorrência ficaram perplexos ao se avistarem, Daniel e John não sabiam nem pegar nos instrumentos. O efeito de uma Coca-cola havia terminado.

Mascara de Plástico - novembro.75

Inverno, o aeroporto fica mais frio, gelado, a noite fica sem estrelas, eu esperava meus avós chegarem da Europa vestido como um mecânico que acabara de sair debaixo de um carro que vazava óleo do motor e para completar a aparência encontrava-me sentado no chão do hall de espera lendo, O exorcista, na época em lançamento no Brasil.

Assim fiquei pôr mais de um par de horas, e o vento frio me crispando, fui até o banheiro e de lá segui para o bar com uma fila enorme para pagar o ticket do café, resmungando a espera do ticket surge uma mulher na minha frente abrindo a carteira na procura de um trocado demonstrava pressa e ansiedade, sendo eu o cliente da vez me ofereci para pagar-lhe um café, a aparentemente senhora espichou o olho de cima a baixo daquela figura a sua frente aceitando a oferta que estendi para uma mesa próxima, confortavelmente instalada iniciei uma prosa apreciando a situação e o corpo daquela mulher.

Com o nome de Suzana, uma morena alta de olhos castanhos e amendoados, só não me agradava a pintura no rosto que não combinava com a beleza do corpo e do vestido, a maquiagem parecia uma mascara escondendo um lindo rosto de mulher. Após o café trocamos os telefones e cada qual seguiu seu destino.

Segui correndo para o portão de desembarque já avistando meus avós, troca de beijos e abraços lá fui eu com um monte de malas para o estacionamento embaixo de uma chuva de raios e lagrimas das saudades familiares, nosso caminho agoura era pra casa onde uma recepção aguardava com boas-vindas.

Passaram semanas quando minha mãe colocando uma de minhas calças pra lavar, tirou o papel com o número de um telefone, era o da Suzana, mais tarde pedi para uma amiga ligar e descobrir o endereço que guardei na minha carteira. Dias depois me encontrava livre dos compromissos de trabalho e resolvi dar uma passada na residência da Suzana sem aviso prévio, era uma 6ªfeira já tarde da noite quando cheguei em sua casa depois de atravessar toda a cidade, ela morava num prédio de 12 andares de apartamentos requintados com um grande jardim que criava um cenário de bosque com arvores altas ao redor do prédio que se localizava no centro do terreno, na portaria toda informatizada, me identifiquei diante de uma caixa preta onde corria ponto de luz para todos os lados, um pesado portão se abriu pelo qual me encaminhei até chegar no apartamento de cobertura e tocando a sineta três vezes a porta se abriu.

- Oi, eu sou o mecânico do aeroporto, surpresa...

- sim, lembranças são saudades, entre...

Entrei num sonho mágico, de extremo bom gosto e aconchegante a decoração criava uma moldura em volta daquela mulher acompanhada com uma musica suave que saia das paredes.

- Pensei que a gente não ia se ver mais gostei muito de sua conversa, quer uma bebida?

- Estou atrapalhando alguma coisa...

- Não, você me faz bem...

- Então eu aceito um vermouth.

Enquanto eu me sentava num sofá que mais parecia um pompom de estufado, ela preparava as bebidas.

- Você quer gelo...E você esta bem diferente da ultima vez que a gente se viu.

- Quero sim... A última vez foi a primeira, mas o que um banho e uma roupa cheirosa não faz com.

A gente, o que eu sei e que a primeira impressão é que marca a nossa lembrança, o que me recordo e do seu perfume, do seu jeito de falar, do seu corpo, deixa ver o que mais...

- Tá aqui seu vermouth.

No que ela foi me entregar o cálice, segui-se o ato de sentar naquele sofá que parecia uma cama d’água de tanto que pulava, conseqüentemente a gente se enroscou e as bebidas foram servidas pôr todo os nossos corpos e roupas.

- Você quer fumar...

- Agora não, gostei do seu cálice o vermouth fica bem melhor assim, saúde...

Seguindo-se um longo beijo de descobertas, esquentando o ambiente.

- Você mora sozinha...

- Sim, porque...

- Me deixa entrar assim, sem me conhecer direito.

- Acho que te conheço há muito tempo.

E outro beijo ardente se seguiu, com carinhos de ambas as partes que descobriam todos os segredos que se escondem pôr baixo das vestes. A noite transcorreu de forma rápida e alucinante, cheia de amor pôr todos os cantos do apartamento, começou na sala, fomos para a cozinha depois para o quarto, eu descobria todos os seus cantos e encantos enquanto eu depositava todo o sentimento que estava sentindo pôr ela, até alcançarmos a hidromassagem instalada no banheiro para refrescar-nos já se fazia uma manhã que o local oferecia com um agradável perfume das flores e plantas e canto dos pássaros alegrando o dia que amanhecia com finos raios de sol.

Toda aquela harmonia fazendo um bem no corpo a na alma, estávamos agoura na cozinha preparando um café.

- Julio, você tem namorada...

- Tenho...Ela e muito linda, compreensiva e gostosa...

- E o que você veio fazer aqui...

- Ora, vim me encontrar com ela, convida-la para um passeio, você gosta de camping...
- Você é danado, ta bom eu topo, pra onde vamos...

- Eu estou a fim de uma praia solitária, cheia de coqueiros, eu estou com o carro estacionado na calçada já com os apetrechos, e com três dias de folga pra gente curtir.

Depois do café, ajeitamos a roupa e seguimos para o litoral norte de São Paulo, para uma cidade chamada Ubatuba, seguiram-se dias de intenso amor, de paz, tranqüilidade e tudo estava a nosso favor o sol, o clima, tudo maravilhoso como dita as regras da paixão.

Voltamos a cidade já se fazia noite, aqueles dias se faziam lembranças na minha mente que não parava de pensar naquela amante inesperada, desta vez parei o carro na garagem de seu apartamento e fomos andando para um restaurante próximo. Durante o jantar.

- Julio, não sei direito o que você pensa de mim, mas você esta me deixando marcas na minha vida que não esquecerei, nunca tive uma experiência como esta foi tudo muito maravilhoso...

- Do jeito que você fala parece que nunca vou te ver mais...

- Acho que sim, você volta para o seu dia-dia, para o seu trabalho, para o seu destino... E eu...

Ela me entregou uma carta postada da suíça onde tinha nomes com seu sobrenome, julguei ser parentes que ela me confirmou sendo seus pais. No texto pedia para ela voltar definitivamente para os pais a fim de assumir os compromissos empresariais que os seus pais administravam. Olhei para ela e nossas lágrimas começaram a escorrer, sem saber direito o que estava acontecendo eu percebia que estava perdendo um sonho uma paixão.

- E você vai embarcar quando...

- Daqui a dois dias, precisa acertar algumas pendências, mas a passagem já esta marcada...

Partimos para o seu apartamento sem muitas palavras, e passamos a noite como uma despedida, cheia de amor e ternura. No dia do embarque fui leva-la até o aeroporto, o mesmo em que a gente se encontrou, num longo beijo nos despedimos e seguimos nossas vidas.

- Adeus, amor...

- Escreva-me...

PORQUE NÃO BEBER E FUMAR - ABR.76



Tenho que explodir deste ex-maravilhoso mundo, um passado de paraíso duvidoso, porque não beber e fumar.

Afinal bebemos água poluída, respiramos carbono puro, comido ingerida com inseticida e mais alguma coisa que certamente fará mal ao corpo da gente. A saúde corrompida pela vida social.

Porque não beber e fumar?

Serve para qualquer raça ou credo, médicos sem honra de enfrentar seus próprios vícios.

Ontem o certo era dito pelas ovelhas brancas, hoje estão pretas de sujeira e corrupção sem a dignidade de fazer um mundo melhor.

DOIS AMORES - NOV.75




(ELE) - ... Não te amo, você disse!, como... como... Você pode dizer uma coisa dessas para mim, meu doce de coco, não podemos acabar assim esse romance, você não pode fazer isso,... Vamos, diga que não e verdade diga, não depois de tanto tempo de amor, este amor que existe entre nós... Lembra daqueles domingos de chuva... Huuumm... Amor que loucura que fazíamos juntos, juntos, juntos, você dizia assim

- ...Hãaa benzinho... aperta aqui meus peitinhos, meus biquinhos que estou delirando... e eu seguia suas instruções apertava, na ordem de minha capitã, tanto que ficavam vermelhinhos que nem pimentões... Mas você não quer saber de nada mesmo?

Pausa

(ELE) - ...Sabe o que é amor, essa tua tristeza tá se tornando um tumor que gruda no seu coração, suga meu sangue, não sou poeta?... Vamos, venha... Chega mais perto, me aperte fico doido pôr você meu anjo.

(ELA) - ... E eu amor, você quando me abraça me deixa nas nuvens, seus beijos, seus carinhos doces e suaves...Dá-me mais um. Huuummm...Macio...S-U-B-L-I-M-E, gostosura, isso amor escorrega a mão o gostosinho esta em baixo da coberta...Amor...Tenho que lhe dizer uma coisa muito importante...Esta noite...Esta noite será a última... Que espanto e esse... Esse casamento prometido há dez anos... E até agora só está gorando...Sim...Sim... Tire devagarzinho a calcinha enroscou... Minha reputação esta em jogo, sem esse casamento estou sendo uma puta de primeira linha.

(ELE) - Amor...Huuummm...Abra as perninhas...Abre...Isso assim...Vou colocar todinho...Huuum...Huuummm...Ai (suspiro)...
Pausa

(ELA) - Já gozou?...
(ELE) - sim...Minha flor...
(ELA) - e agora?
(ELE) - ...Há vá a merda.

SANGUE DE IRMANDADE - MAR.75



A estória e polêmica e eu pergunto. - Você se casaria com sua irmã?... pergunta boba, certamente que não.

Vivia o ano de 1955, eu com 14 e minha irmã com 15 anos de idade. Numa escura noite de outono ela havia chegado tarde em casa e estava nervosa, com seu tempestivo gênio explodindo pôr todos os cantos da casa até o momento de se jogar na cama.

Na casa onde vivíamos havia somente um quarto disponível para nós, que dividíamos a decoração numa mistura feminina de gosto e de um garoto escolar, as camas eram separadas pôr um criado-mudo que vivia entupido de bugiganga.

Taira desfazia a cama com sua fúria que estremecia o pinho se virando de um lado para outro, resmungando palavras desconexas num soluço intermitente. Eu, encostado na cama ao lado, lendo um livro de aventuras do Tarzan parei a leitura a fim de verificar o ocorrido com perguntas.

- há... Não enche tá...

- qualé mana, não quer desabafar?

-... Não sei, ninguém me entende, do jeito que vai as coisas vou entrar numa piração...

Eu quieto no meu lugar fitava-a a fim de descobrir a causa do seu aborrecimento, enquanto ela se ajeitava na cama, entre soluços desabafava...

- sabe duma coisa Julio, não é fácil achar um sujeito que você pode se ligar, dar tudo de si, ter uma participação mútua, as pessoas só querem o que e do seu interesse, e depois que conseguem seu intento começam a avacalhar tudo até chegar no ponto da saturação...

-brigou com seu namorado... , perguntei-lhe.

E sem responder virou-se para o lado contrário ao meu e voltou a chorar. Levantei-me e fui sentar ao seu lado acariciando seus cabelos finos, longos e negros como o destino, tudo o que se via naquela menina de outrora era arrependimento e solidão.

Dei-lhe um beijo na testa, como prova de respeito de um amigo que com partilhava de sua dor.

1961, seis anos se passaram deste episódio, ela nunca teve interesse pôr outro rapaz e a cada dia que se passava ela se fechava mais e mais na sua jaula natural do coração, transformando-se numa mulher linda e fria como gelo. Nossa relação no dia-dia nada tinha a ver em comum na vida de irmão para irmão... O tempo corria e uma mistura de sentimentos aflorava em nossos corações.

Desde os meus tempos de criança, acho que fui um recalcado, fechado num castelo de insegurança vivendo num mundo de preconceitos e irracionalidade, nunca me aproximei de alguma garota, dedicando minha atenção para compreender um mundo revoltado, inóspito e sem amor, sonhando com meu paraíso.

Domingo, uma tempestade de raios e ventos fazia o mês de Novembro inesquecível com as torrentes de águas e relâmpagos rasgando o escuro céu com rasgo de ira em retumbantes trovões num sem fim da tarde. Estávamos deitados e acobertados em nossas respectivas camas no silêncio da leitura, até que certos momentos olhos cansados colocaram o livro na cabeceira do criado-mudo sempre cheio de bugiganga, virei para o lado da Taira com o pensamento absorto, olhando e admirando aquela figura virando as páginas sem pressa, minhas ideias circulando pelo cérebro apontavam aquele ser como o único que entendia minha revolta.

Em silêncio me levantei e fui até sua cama me aconchegar no seu calor, encostando minhas pernas nas suas coxas comecei a alisar um aconchego de carinho. Espantada com meu jeito atrevido que acariciava seus cabelos, largou o livro no chão e começou e me olhar.

- qualé a sua...

- Taira, vamos conversar...

- sobre o que...

- vamos falar de nós, nossa vida, nosso sentimento...Todo esse tempo junto como irmão...

Sei lá...Como você esta?

- eu hein, que papo de aranha mais besta.

- Tô sentindo um corpo quente em baixo do cobertor, e pensar que saímos do mesmo ventre, esse tempo todo que passamos juntos, e eu com outros sentimentos de você que não é irmão... Será que você me entende.

Meu coração explodia de emoção, fitava aqueles olhos azuis espantados com ternura, da boca dela tremula somente ouvia o silêncio, foi uma longa pausa... Até que um beijo desfez nosso medo.

- Julio... Acho que sei o que está me tentando dizer, eu...

E vem um longo período de vacilo que chocava nossos olhos úmidos de lágrimas, e mais um beijo louco de amantes desenfreados acompanhou um abraço forte e carinhoso aproximando nossa paixão reprimida num castelo de sangue, de certos e errados, de loucuras.

Já fazia noite e a chuva castigando o vidro da janela e no quarto em penumbra de raios e trovões, entregávamos ao prazer desenfreado sem medir conseqüências, sem responsabilidade da vida. Dormi agarrado ao seu aconchego, ouvindo ela dizer:

- Não conseguia te dizer o que eu sentia pôr você, minha coragem se despedaçava com receio da sua zombaria, e seu riso mataria minha alma...

Meses e meses se passaram com este conceito de vida se fortalecendo num amor sincero, nossos pais não sabiam o que acontecia até porque viverem pôr imposição do trabalho a maior parte do tempo viagens intermináveis e pouco contato e conversavam com a gente. E a vida florescia em nossos corações alterando nosso comportamento, com partilhando juntos o mesmo mundo que agoura admirávamos de outra maneira, em nosso castelo de sangue e segredos.

Nossos pais acertaram um período de férias programado para que todos passássemos juntos em viagem até o litoral, os dias que se passaram foram estranhos no relacionamento familiar, até que no último dia do passeio encontravam-nos reunidos na sala jogando um passatempo, eu e a Taira procurávamos uma forma de comunicar a eles o que estava acontecendo.

- Puxa, pai nunca tivemos essa união de família, e tão gostoso ver o senhor conversando e brincando com a gente, a mãe contando suas piadas, a Taira e eu gostaríamos que o resto da vida continuasse na forma que estamos unidos e felizes.

- Nós também filho, o dia-dia, os compromissos fazem a gente correr de um lado para outro e nem se damos conta dos filhos já crescidos. Eu e sua mãe estamos arrependidas de não podermos acompanhar vocês, estarmos mais próximos, mas graças a Deus eu os vejo se entendendo tão bem e felizes.

Eu ficava nervoso para iniciar a conversa, fazia perguntas sobre relacionamento, casamento, sexo, e outras abobrinhas que passava na cabeça, a Taira ouvia quieta de olho pregado no jogo, até que me enchi de coragem, respirei fundo...

- Sabe pai, eu e a Taira nos adoramos muito, muito mesmo, mais do que irmão...

- Isso eu tenho visto com muito orgulho filho...

- he, pai, pra falar a verdade à gente se ama...

Acabou o passatempo, a Taira joga as cartas na mesa e vem me dar um abraço seguido de um beijo no rosto frente aos olhos admirados de nossos pais pasmados com a revelação. Nosso pai se levantou e foi se servir de uma bebida forte no bar da sala, nossa mãe estava paralisada e branca com o susto, com o copo cheio de licor nosso pai volta-se a se sentar na cadeira.

- Filho, vou contar uma coisa a vocês que eu deveria ter falado há muito tempo atrás, depois que você nasceu sua mãe teve um problema orgânico que impedia de termos mais um filho, e a vontade de formarmos um casal foi tanta que adotamos a Taira de uma mulher que nos procurou em casa e colocou o bebê nos braços de sua mãe e sumiu sem paradeiro, naquela época tínhamos poucos recursos, eu vivia apostando em loterias e numa semana de sorte consegui arrumar o dinheiro para que sua mãe fosse operada, mas oferecia perigo de gravidez, então comprei a casa em que moramos com o dinheiro que restou, registrei a Taira como filho legitimo e mantivemos segredo do assunto para toda a sociedade.

Às lágrimas convertiam dos olhos de Taira enquanto ouvia agora meu pai falar, logo após a declaração estávamos todos abraçados e chorando. Na manhã seguinte enquanto tomávamos o café, construíamos uma forma de realizar o casamento, numa cidade do interior onde ninguém conhecia a nossa história.

DOMINGO - MAR.76



Domingo que se consagrou no descanso do corpo, a quebra da rotina e ao mesmo tempo no destino de todos nós. Se nesse dia não louvamos Deus, que pelo menos não o despreze.

O padre no altar fala, fala, procura exprimir em palavras, uma porção de palavras que entram no cérebro da gente. - que responde:

- será que não termina...pô...tô de saco cheio.

Não e que eu tenha amor a sua vida, se ela e sua cuide bem, bom natal e prospero ano novo, mas ao sair da igreja comporte-se no desfile de luxuria que ressoa a frescura, contrapondo com o ronco dos motores:

- ôôôô bicho... Olha só o som do meu carango.

E dada à bandeirada do grand prix de domingo, o sinal entrou no verde, e lá vai para o caixão menos um motorista, um trabalhador, um corno, quando não dois pedestres. Os domingo fascinante muitos estão pensando no fantástico slogan dos jornais de segunda-feira;

- time de fulano perde a invencibilidade, morrem tantos em tanta colisão, acabam em...

Tudo acontece num domingo descoberto ao descanso, meditação a simples e humilde mediocridade.

SEXO NA AVENIDA PAULISTA



Dia de batente. Diógenes acorda em manhã fria e cinzenta garoa, sente o hálito do café requentado e cálido de Ana sua recém conquista.

- Bom dia meu amor, já coloquei o café na mesa, vem tomar antes que esfrie!

Foram necessários trinta minutos entre o despertar e a higiene pessoal até chegar a mesa, precisa requentar o café. Ana se encontra a mesa finalizando a ceia matinal na sua última torrada com geleia. Diógenes rouco diz:

- Amore, estou preocupado com nossas contas para pagar e faz trinta dias que não a encontro acordada, estamos trabalhando muito e sem expectativa de conseguir todo o dinheiro necessário!

- A vida não está fácil e sem considerar que além da quantidade de contas, elas aumentam o valor mês a mês, o serviço também aumenta e o salário não. O que tem aumentado é o stress, este mês minha menstruação durou cinco dias.

- Ana, ontem estive lendo a revista Playboy...

- Sei, deu tesão né, hoje podemos tentar uma rapidinha!

- Não, sim, bem, eles lançaram um concurso de conto erótico apresentado em vídeo, o prêmio é muito bom em grana mais duas passagens de ida e volta para o pais que escolher na Europa.

- O que você está matutando nessa cabecinha?

- Bom, pouco se divertimos estes últimos tempos, eu ainda tenho alguns desejos eróticos e poderíamos protagoniza-la, falei com o José Carlos que tem uma filmadora, ele topa gravar a brincadeira.

- O José Carlos, aquele seu colega no escritório que é careca e asmático?

- O próprio, o prazo de entrega da fita é até o final deste mês, podemos aproveitar o próximo final de semana, que você acha? E topa?

- Maluco que te conheço, e bem capaz que eu não aceitando você arruma uma putinha na esquina, qual é o seu desejo erótico?

- Sê te contar perde a graça, vamos fazer assim, eu armo o esquema, a gente programa um encontro na esquina da Brigadeiro com avenida Paulista, de maneira que a gente esteja se conhecendo pela primeira vez, acho que podemos obter mais veracidade e surpresa na gravação!

- Tenho que me preparar, cabelo, roupa, alguma coisa em especial?

- Não minha querida, esteja de maneira que está saindo do serviço e vai para um happy hour, bem natural e simples você é muito linda, não precisa de enfeites.

- Então você ta marcando encontro comigo, está bem a que horas você me pega?

- Sexta-feira às 19h00 está bom, vamos beber e jantar no restaurante que está ao lado do super mercado próximo a esquina, tem umas janelas grandes e é bem iluminado, já pensei em tudo.

- Imagino que até o que vou degustar também!

- Com certeza, quero te oferecer uma noite inesquecível e nos divertimos.

Dias e horas passaram muito rápido, a ideia do Diógenes era simples para um vídeo amador. O José Carlos reside em pequeno apartamento no prédio em frente ao restaurante e da janela poderia gravar todo o roteiro e cenas do filme que embalava os pensamentos do Diógenes.

Sexta-feira prometia uma noite enluarada pela lua cheia, Diógenes dirige automóvel da década passada ouvindo o noticiário confirmando a previsão do tempo, não haveria chuvas nesse final de semana...

VERMELHA



A vergonha tem a cor estampada em rostos humanos, faces rubras que avistam formosa ave ao entardecer naquelas terras estranhas aos elementos, ave em tons avermelhados, reflexo dos calorentos raios que o sol irradia em culpas e preenche em perdão.

O horizonte está chorando a despedida de mais um dia que a humanidade perde em oportunidades no aprendizado da vida.

No seu vôo solitário e manso planando a representação das ilusões e desilusões da vida em milhares de faces com o símbolo da vergonha de não encontrar a felicidade naquela terra feita de vermelho sangue.

VENDE-SE.




Chegou o dia 15 do mês e junto as contas de luz, água, telefone, IPTU, escola dos meninos, prestações da casa, do carro, da televisão, a geladeira e tem os empréstimos!

A vida é uma roda vida feita de trinta em trinta dias no formato dividas em bola de neve a descer montanha abaixo. Sendo dividas uma coisa ruim é problema, vamos hipotecar soluções hipotéticas.

Considerando o país Brasil, na média de um terreno de oito milhões de metros quadrados com cento e oitenta milhões de cidadãos, dividindo dá uma porção de 0,04 de quilômetros para cada habitante, retirando o ativo da invasão colonizadora e o passivo hereditário, benfeitoria da natureza, os barranco são apenas elementos paisagísticos.

Vou publicar anúncio nos classificados do jornal no próximo domingo e aceitar a melhor oferta:

"VENDE-SE TERRENO"

Excelente localização, face leste com vista panorâmica do oceano atlântico, face oeste exuberante floresta tropical com muitos rios e animais silvestre, ao norte muito sol, ao sul periódicas frentes frias.

Aceito a melhor oferta, preferencialmente a estrangeiros, priorizamos o pagamento em moedas de ouro. Não aceitaremos opções de papel-moeda, permuta em espelhinhos e colares está fora de cogitação.

Fone para contato: 55 11 2421 4967 falar com Cacique, maiores informações com atendente índio.